quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Verdades lá de dentro...

Desconfie de gente que só te quer quando você está bem. Desconfie e muito de gente que não sabe quando você precisa de colo, sem que você precise pedir.
Eu devia ser psicóloga. Tá não teria o menor dom, porque por mais terrível que seja pensar nisso eu daria risada dos meus pacientes quando não pudesse. Eu tenho essa mania louca. Mais voltando ao assunto, eu atraio gente que quer ajuda, conselhos, colo, todos os dias. Algumas com a maior boa vontade, porque sabem o significado da palavra reciprocidade. Aquelas que você perde seu tempo ajudando, ouvindo, porque sabe que perderiam o tempo delas com você.
Agora, e aquelas que só despejam seus problemas em cima da gente? Muitas vezes nos dias em que você está com problemas um zilhão de vezes maiores do que os dela, e não ouve nem um - tudo bem?
Bah eu atraio demais essas coisas. Quando eu conto, tem gente tipo meu namorado, minha irmã, que dá muita risada disso, mas as pessoas sentam do meu lado no ônibus, e quando eu chego ao centro da cidade, já sei de todos os problemas delas.
Dia desses tive que ir escutando um senhor falando dos resultados dos exames de laboratório dele. Acreditem!
O fato é que 90% das pessoas tem a idéia errônea de que eu estou sempre 100%.
Se eu for contar tudo que eu já passei na vida com tão pouca idade, vou deixar todos vocês de cabelos em pé. De fome á ter pego dengue sete vezes longe de casa do outro lado do país e sem uma alma viva pra me cuidar.
Já fui impedida de entrar em almoço de domingo em casa de sogra, e tudo isso porque eu falo demais. Não sei fingir, se gosto de algo ou alguém, eu gosto! Mas se não gosto, não espere tanta impolgação.
Enfim, tudo isso pra dizer que eu sou de carne e osso. Sofro, sinto, e muitas vezes desejo que algumas pessoas entendam isso. Tenho TPM, acordo parecendo o bozo, sou descoordenada pra cacete, canso de chutar quinas de mesa com o dedinho coitado. Tenho problemas de relacionamento com a família. Minha casa é o próprio afeganistão. Uma semana de paz, e duas de bombardeio.
Mas vocês passarão por mim na rua, e vão me ver sorrindo, dando bom dia pra alguém, topando de primeira tomar um chopp ou ir ao cinema, viajar, meu grupo de amigos não se reuniria em 10% dos finais de semana que se reúne se não fosse a minha empolgação e boa vontade de combinar as coisas.
E aí, neguinho acha que eu não tenho problemas. Que eu vivo em um mundo cor de rosa. Fodam-se, se eu vivo sorrindo, de bem com a vida (tirando as tpm's e crises de ciúme do namorado) é porque eu escolhi viver assim. Eu escolhi não me punir por ter preguiça feito todo mundo, por não ser perfeita, por errar, por ser gulosa, por enxergar sempre o lado bom das pessoas (inclusive as que não merecem), por achar que tudo tem concerto, e por querer ser sempre mais feliz. Eu, escolhi isso. Eu escolhi ser permissiva. Eu escolhi ser positiva. Eu escolhi viver em uma bolha. Eu escolhi amar. Eu escolhi ter vontade, espaço, compreensão, pra todos os que me cercam.
Agora não me venham com julgamentos idiotas de que eu sou mimada e tenho tudo. Nem tudo o que parece, realmente é.
Eu descobri que a graça da vida não está no felizes para sempre. E isso tem me feito dar passos curtos mais certos em direção a tudo que qualquer um almeja. Eu quero a trsiteza, os erros, pois são eles que tornam a alegria seguinte tão gloriosa. São eles que nos fazem dar valor as pequenas coisas boas, as felicidades instantaneas ou aquelas que duram muito. é a briga com o namorado que nos faz feliz quando percebemos que a sintonia melhora e que o amor prevalece. É a nota baixa que nos faz ver nossa capacidade de ir atras das coisas quando lutamos por uma nota melhor na prova seguinte. É briga com os pais que nos faz ver que sim, eles sempre tentam acertar, e estão sempre ali por nós.
Eu dei voltas, voltas e voltas, porque muitas vezes me entristece o egoísmo das pessoas comigo. E as que eu posso contar mesmo, que sabem de mim, sem eu precisar acenar pelo colo, são pouquíssimas. E tudo isso pelo egoísmo da maioria, e pela visão errônea de força que muita gente tem de mim. Mas eu sou humana. Meto os pés pelas mãos, e sou feliz ainda assim.
To com TPM, com a cabeça cheia de coisas, com trilhões de coisas acontecendo na minha vida, trabalho novo, projetos, OAB, e ainda assim perco tempo consolando, procurando empregos pela internet pra alguns, tentando encontrar apartamento pra outros, tentando animar, enfim.
Hoje é aquele típico dia em que nada há de ruim acontencendo, mas que eu só queria ser vista como eu realmente sou.
E queria que todos fossem menos egoístas...como poucos realmente são!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Invictus

Eu vi o filme, e o poema me chamou muita atenção... então compartilho a tradução com vocês...esse toca fundo!
Invictus
Autor: William E HenleyTradutor: André C S Masini
Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.
Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.
Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.
Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

O amor...

Na minha cabecinha inocente, duas pessoas que se amam deveriam formar um casal apaixonado. Daqueles que a gente vê em filme. Com direito a corridinha na beira do mar de mãos dadas e tudo mais. Com beijo romântico no pôr-do-sol. Na minha imaginação adolescente, o amor nunca perde o viço. Era só isso que eu pedia pra mim. Flores, frases, vinhos, praias, corações, edredons. Mas quem mandou eu acreditar nos filmes, nos livros, nos textos, nas palavras, nas promessas?Não entendo de morar junto, não entendo de casamento, não entendo de uma vida a dois, muito menos de amor. Mas o amor não deve ser só receber sem se dar. Se fosse, estaria à venda. E não está. Porque o outro lado não precisa de dinheiro pra amar. Só precisa amar de volta com a mesma intensidade. E o amor precisa de intensidade. De intenção. O amor não é querer o fácil só porque lhe convém.Talvez seja por isso que certos tipos de homens apreciam prostitutas. Amor enlatado. Descartável. Pra viagem. Só na hora que convier. Sexo sem tpm. Vapt-vupt. Au revoir. Enquanto o dinheiro der. Sem dor de cabeça. Até que a próxima noite os separe. Na alegria, sem tristeza. Na saúde, com doença.Se o amor tem um preço, é este: amar vinte quatro horas por dia, sete dias por semana. Amar cem por cento. Amar por inteiro. Infinito. Sem data de validade ou prazo pra expirar. Dar sem garantias de receber nada em troca. Apostar todas as suas fichas. Ser todo. Se o amor tem um preço, um jeito, uma forma, uma fórmula. Se o amor tem jeito. Eu não sei. Eu não sou fácil, não me vendo, não aceito migalhas, não gosto de metades. Sou um império do bem e do mal. Sou erótica, sou neurótica. Sou boa, sou má. Sou biscoito de polvilho. Açúcar, sal, mousse de maracujá. Só não sou um brinquedinho. Que alguém joga no canto do quarto quando não quer mais brincar. Sou um pacote. Uma mala. Sou difícil de carregar.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

Cuidado!

Com certeza se eu precisasse ser atriz ou algo desse tipo pra sobreviver, eu morreria de fome. Quem conhece sabe. É difícil disfarçar, esconder e deixar a verdade à parte.Bom, no entanto se fosse pra estrelar algum dramalhão mexicano eu mandaria bem.Mas deixa estar vai. Maria do Bairro já existe e eu até que curto bastante o baseado em fatos reais de Cátia. Por menos simples que seja carregar comigo alguns valores que pelo visto devem estar ultrapassados, já que meio mundo resolveu andar na contramão.Era uma vez amizades sólidas, relacionamentos seguros e gratidão.Não que eu seja o melhor dos exemplos ou que durante as 24 horas do meu dia eu pregue o bem.Pode acreditar que já quis trancar os dedos de muita gente na porta e mesmo batendo 3 vezes na madeira, já pensei em algumas pessoas a 7 palmos do chão.E tá vendo? É essa sinceridade que me estraga.Mas tudo bem, pelo menos assim eu vou garantindo o meu m² no céu. Quando eu coloco as minhas armas no chão e conto até dez, as chances de eu queimar no fogo do inferno diminuem.Tem gente que teve muita sorte quando eu bolei essa estratégia pessoal contra a ira. MUITA SORTE!Um triz para elas ainda é um valor muito alto.E como eu disse, não são vilões que eu incorporo. Tudo isso faz parte da estrutura desse vaso ruim aqui. Que diferente do ditado, já caiu e quebrou. Hoje usa materiais inquebráveis e aderiu ao super-bonder.É assim que funciona.Eu não fiz por mal, mas foi um grande equívoco eu acreditar que pudesse viver de médias expectativas e sensações.Eu pra sempre serei a melhor amante, a pior inimiga, a maior injustiçada, a mais apaixonada, o teu mais terrível pesadelo, ninguém no mundo sofrerá mais do que eu e tão pouco poderá ser mais feliz. Desse jeitinho mesmo. Potencializado e de cheio de exagero.E se um dia eu não compreeendi o porque sempre moramos no 1° ou no 5° andar dos apartamentos em que vivi, agora eu sei. Meu pai não mandava em nada e a fruta não cai mesmo longe do pé.Eu não sou tão extremista à toa.Comigo também é assim: Ame (como se fosse o último dia da tua vida) ou deixe (PARA SEMPRE!).

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Auto-sabotagem

Até o ratinho de laboratório aprende. Se um cientista colocá-lo em determinada situação perigosa - uma armadilha com um choque elétrico -, o bichinho instintivamente vai saber evitá-la ao cabo de algumas más experiências.
Nós, Homo sapiens (burro sapiens), racionais (ahn?), leitores de platão, com Iphods recheados com o acervo músical do mundo, nao. A gente não se emenda. Erra, erra, erra - e jura nunca mais fazer o mesmo. E a gente apronta de novo, e mela tudo mais uma vez.
No dia seguinte, jura nunca mais. E faz tudo outra vez. Embarca em um novo relacionamento com os mesmos perigos do velho, troca de trabalho para colecionar as mesmas reclamações do chefe, emagrece, pára de comer bolacha recheada por seis meses - e depois disso se entope de pacotes e mais pacotes de guloseima, até recuperar o peso perdido.
A isso se dá o nome de auto-sabotagem.
Eu tô lendo uma revista que fala um pouco sobre isso, e ela me quebrou as pernas. Como eu consigo me sabotar tanto, me digam? E não, não vamos pôr a culpa em Murphy, na crise mundial, nas enchentes, nao! A culpa é toda minha.
É por isso que eu disse pra vocês dias atrás que não faria planos pro ano novo. Porque certamente eu sabotaria cada um deles!!!
Depois que eu li esse artigo, eu comecei a observar, e nossa! Como as pessoas conseguem se sabotar tanto.
Tem a amiga que foi traída 1020939484 vezes e continua achando que o namorado vai mudar, tem o primo que já perdeu uma namorada por não dar a ela a atenção necessária, e faz a mesma coisa com a atual. Tem os vizinhos de cima que brigam diariamente, se insultam, perdem os eixos, o respeito mútuo e ainda assim insistem em permanecer juntos. Tem a amiga que não acha emprego, mas põe defeito nas vagas que surgem. Tem a tia que fez cirurgia de estomago, mas engordou tudo de novo e agora faz regime.
Tem alguma coisa de racional em alguma dessas pessoas?
Atenção gente, nosso maior inimigo muitas vezes somos nós mesmos, e a gente põe a culpa nos outros, na vida, no papa.
Sacode o pó, levanta, vai atrpas do que realmente quer. Manda embora o namorado (a) que não te valoriza. Pede demissão do trabalho que te suga e não te satisfaz, experimenta o novo emprego antes de achar que nao te serve, faz uma dieta, caminha, antes de apelar pro bisturí.
Enfim, levanta essa bunda do sofá e pára de reclamar da vida. Não somos vítimas de mais nada além de nós mesmos. A gente permite o que (quem) entra e sai da nossa vida.
Vo amarrar meus cadarços aqui, chega de me sabotar, não quero cair de novo e ralar os joelhos!!!! Amarres tu os teus também!