segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sonhos…

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Pra quem vive sonhando acordada, não há nada mais difícil que pôr os pés no chão. É a eterna luta de aprender a conciliar nossos opostos. O que realmente é concreto, e o que se trata apenas de mais um amontoado de abstratos. Saber o que realmente é possível, e o que é puro sonho. Difícil? Muito. Muitíssimo.

Nessa hora, sempre acaba ganhando quem é mais ponderado. Quem é mais moderado. Quem é mais sensato, e acrescento: Quem acredita em si mesmo (Parece livro de auto ajuda, mas é a pura verdade)

A realidade sem sonho não teria a menor graça. Não poder almejar, vislumbrar e torcer pra todos os desejos se tornarem realidade. Pois é, o contrário também vale! Sonhos são definitivamente melhores quando tem uma certa realidade imbutida.

É engraçado como quando nos tornamos mais maduros, conseguimos enxergar com exatidão onde deixamos passar a sensatez, e onde deixamos faltar o sonho. Conseguimos localizar o momento chave de cada reviravolta da nossa estória, embora muitas vezes não seja nada fácil revivê-las mesmo que em pensamento.

Com sonhos a tiracolo e com pés levemente encostados no chão, não há mágica: as coisas acontecem. Palavras viram livros, rabiscos viram canções, nossos desejos saem do papel e criam vida. Simples idéias se transformam naquilo que a gente sempre quis.

E aí são os melhores momentos da nossa vida acontecendo. Tudo passa a valer a pena, apesar dos tropeços no caminho.

Vocês devem estar se perguntando por que eu entrei nesse assunto né? Porque eu sou uma das pessoas mais sonhadoras que eu conheço. Talvez eu devesse virar escritora, vai saber…

Sonhos são como trampulins, ou molas, que nos impulsionam, que nos fazem levantar da cama todos os dias e vestir nossos melhores sorrisos. Sonhos são a minha inspiração, minha força, minha fé e meu norte.

Na minha humilde opinião quem não sonha nunca se sentirá vivo de verdade.

Mas, como tudo tem dois lados, é bom ficar de olhos bem abertos. Ou melhor: Finque seus dois pezinhos de leve no chão. Quem se alimenta apenas de ilusao acaba por perder a realidade da vida e viver em um mundo paralelo que nunca condiz com a realidade. Pessoas assim são eternamente insatisfeitas com aquilo que são, com aquilo que tem, e com o universo que as cerca.

É, não é nada fácil conseguir ir ás estrelas, viajar e saber a hora certa de voltar.

Eu, sou uma canceriana nata. Daquelas que sonha com coisas que definitivamente poucas pessoas entendem. Tenho 25 anos, e apesar do senso de liberdade aguçadíssimo, minha solidão só tem graça quando muitíssimo bem acompanhada.

Uma vez me disseram que a minha mania de ver sempre o lado positivo das coisas e das pessoas acaba contagiando que convive comigo. Pois bem, tomara que eu consiga tornar as pessoas um pouco mais confiantes naquilo que realmente são.

Voltando ao sonhos, acho que somente eu sou capaz de entender o que se passa na minha cabeça. E a grande burrice é esperar que as pessoas notem meu esforço, reconheçam meu amor, entendam minhas fraquezas e defeitos. Como há muito tempo eu aprendi a conviver com a minha própria solidão, já não me machuca mais quando percebo que definitivamente não consegui transparecer quem realmente eu sou como ser humano. Tomo como experiência de vida, e toco o barco.

Talvez existam mais mulheres assim, que preferem ainda acreditar nas famílias grandes dos almoços de domingo, no amor expresso por uma bala e não por um anel, mulheres que conseguem se tornar independentes mas ainda possuem uma educação e sonhos á moda antiga. Que querem ter os pés no chão, mas gostariam muito de tirar os pés de alguém de lá. Que gostariam de tocar as vidas, mudar os rumos, apontar caminhos, dar o colo mesmo sem receber nada em troca. Mulheres que acreditam em relacionamentos pautados pela preservação da individualidade de cada um, mulheres que têm fé, mulheres que tem sonhos.

Meus pés estão fincados ao chão, mas a minha cabeça jamais vai deixar de percorrer todos os destinos que traça, todos os sonhos que almeja.

Quem tiver sorte, que me acompanhe. Quem tiver medo de não estar indo na direção correta e resolver pisar mais devagar, infelizmente não conseguirei acompanhar o ritmo por muito tempo.

E por falar em sonhos, vamos falar de você. Tu que estais sempre presente nos meus. Tu que te encaixas perfeitamente nos meus moldes. Tu que sonhas, apesar de se mostrar mais cético. Tu que desejas, almejas, oras, torces… Tu que tocasses a minha vida de uma forma um pouco diferente do que qualquer outra pessoa já o fez. Eu vim pra te apontar a direção, eu vim pra te ajudar a aguentar os dias em que desejares desistir, eu vim pra te mostrar que há coisas tão mais lindas esperando por ti nessa vida, eu vim pra te trazer felicidade, e pra te ver realizar os teus sonhos…não deixe os pés tão firmes no chao!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Acho que chegou a minha hora…

 

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Dizem que os incomodados é que devem se retirar. Concordo. Se alguma coisa me incomoda, abandono o barco.  Ficar insistindo em uma coisa que não vai dar certo nunca foi a minha especialidade. Manter namoros estressantes, amizades interesseiras, empregos sem futuro não faz muito sentido na minha cabeça. Desculpe minha mania de ser clichê, mas a vida é muito curta pra gente perder tempo.
Não é nada fácil me agüentar, eu sei. Sou implicante. Tenho mania de sabichona. Falo o que penso. Faço o que tenho vontade (só o que tenho vontade!). E pior: sou adepta de uma filosofia de vida muito objetiva que eu mesma desenvolvi: “Quer? Quer. Não quer? Não quer”. Muito simples. E é assim que eu gostaria que agissem comigo. Não me quer, saia da minha vida logo. Me quer? Faça por merecer.
Não puxo saco de ninguém. Detesto que puxem meu saco também. Nunca saí com quem não queria estar comigo. Nunca fui à festa sem ser convidada. Não faço amizades por conveniência. Não sei rir se não estou achando graça. Não seguro o choro se o coração estiver apertado. Não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar. Não namoro pra falar que tenho companhia. Nunca pertenci a grupos em que as pessoas pensassem, agissem e se vestissem todas iguais. Nunca precisei beber, fumar ou me drogar pra pertencer a nenhum grupo social. Isso não sou eu.
Sou eu a cidadã cansada dos padrões machistas da sociedade. Sou eu a cidadã cansada de ver as capas de revistas com corpos de fora e imaginar se o que conta realmente é ter alguma coisa por dentro. A cidadã que, de tanto pensar, não dorme. De tanto não dormir, não pensa. A cidadã que, aos onze anos de idade, queria consertar o mundo fazendo cover das paquitas nas escolas e falando pras crianças não se drogarem. A cidadã que não confia nos homens, não acredita na humanidade e gostaria de adotar um animal. A cidadã que planeja montar uma família daquelas de comercial, com crianças com sorriso gostoso esperandop em casa após o trabalho. Sou eu essa cidadã estranha. Sonho que sou a Branca de Neve e acordo engasgada com a maçã.
E de tanto comer maçã podre, aprendi. Agora, jogo fora o que não presta. Ou melhor, saio eu mesma do jogo. Não faz mais sentido acreditar que a sua amiga interesseira vai ser uma pessoa melhor depois que você conversar com ela. Ou que seu namorado vai mudar aquele hábito que te incomoda porque ele te ama. Ou que seu chefe vai reconhecer seu esforço e não vai te demitir quando precisar reduzir o quadro de funcionários. Não funciona dessa forma. Por isso, saio fora antes do final do jogo se eu não estiver de acordo com as regras. Me retiro se a incomodada sou eu.
O que incomoda vai estar sempre ali no mesmo lugar. Mas você não precisa estar. Mude de lugar. Mude de casa. Mude de emprego. Mude de amigo. De ficante. De namorado. De marido. Mude de atitude. Só não fique parada reclamando. Faça aulas de boxe. Aprenda a dar bicudos, a fazer gestos obscenos, a falar palavrão, a xingar as pessoas, a largar tudo pra trás. Aprenda a não levar a vida tão a sério. Aprenda que o stress só vai destruir seu estômago e torrar seu dinheiro em análises e remédios caros. Aprenda que as pessoas não são do jeito que você gostaria que elas fossem. Eu aprendi. Aprendi a hora de me retirar: vou embora antes do final da festa, então essa é a hora…

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

De Volta pra Casa…

 

 

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Eu voltei pra casa com saudades daqui e sem medo da vida real. Outro final de ano lindo com as pessoas que pularam da caixa mágica. Não foram necessários shows, festas, super baladas, ou algo desse gênero para eu dar tantas risadas. Talvez se houvesse não existiriam risadas e sim um Sr. Valmor.
Estranho pisar em terra tão familiar, distante, recente. Terra firme. Agora sim, uma terra firme.
Saltar do avião, não ganhar o mesmo tipo de abraço mas ganhar muita atenção.
Pass comfort! A mãe sempre diz que ele ajuda com as roupas amassadas, casos mal resolvidos, fugas planejadas...
No final de tudo, VEJA. Multi ação.
Concluindo, a intenção era a diversão. Ponto pra vocês todos que são sempre capazes de me proporcionar isso.
Sem rodeios ou mensagens subliminares para essa linha: Eu estou feliz.
Cicatrizando, vencendo, caindo e levantando. Feliz.
Um final e começo de ano que me fez apreciar os nachos calientes, focas, mala pequena, novas amizades e essa amiga maravilhosa que sempre me ajuda tanto..
Eu não esqueço nada, nem ninguém, porém mudar algumas das minhas prioridades vem sendo algo bastante eficaz no combate contra os dias cinzas.

O coração aprendeu a bater novamente sem pressa, e a cabeça enfim repousa sob novos planos…
Algumas palavras pra vocês...