quarta-feira, 16 de março de 2011

Planos..

 

 

 

 

 

 

O que nos motiva são os planos né? A vontade de vê-los em prática, realizados!


E quando eles simplesmente dominam? Regem todas as nossas ações, roubam o sono e tornam-se fatores determinantes de TUDO? É foda arriscar a possível felicidade em cima de suposições, de possibilidades. Planos são apenas chances. São anseios, realizáveis ou inúmeras vezes, não. E seria muito mais simples se eles só dependessem dos seus autores...

Porém, muitas vezes incluímos outros nos nossos planos, e sua realização acaba também dependendo deles. De gente que muitas vezes não imagina fazer parte disso tudo. E aí sua realização torna-se um pouco mais difícil, quase condicionada eu diria.

Mas quer saber, foda-se. Eu vou concluir "todos" os meus. Eu escolhi escrever nessas linhas. E eu vou seguir nelas até que precise virar pra próxima página.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Coração…

OgAAAFz-fpal1_pcsuNi_dYYzQYMDwkZnIMaVBSdfpfFmEj7e2aj-Lzdjmw5AFmLE1GCDbmpFNzkDp8pySjImBtUQrIAm1T1UAvyjMA_ax4Tia8yyW3hZQK6OOab-1

Mas a lição que eu aprendi no sábado é que não vale a pena consertar um carro pela décima vez. É mais fácil comprar um novo e fim de papo. Afinal, eu bem que tentei consertar meu relacionamento com todas essas pessoas e só ganhei mais e mais poses e menos e menos verdades. Ainda que doa deixar pessoas morrerem, se agarrar a elas é viver mal assombrado. Tati Bernardi

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Acho que um dia o cara lá de cima acordou de bem com a vida e pensou: Vou fazer alguém com coração hoje!

E eu imagino o quanto ele deve ter sido alertado de que pobre coitado algum merecia isso. Nascer com um coração?? Não faça isso!!! Já tentamos isso diversas vezes e o Senhor sabe, nunca dá certo!

Pois bem, diante de toda a sua grandeza, ele bateu o pé, e eis me aqui!

Queria saber quem foi que deu a idéia. Certamente, não fazia a menor noção do que isso me traz de turbulência na vida. Chego a me sentir meio retardada. E não é fazer piada, mas se ele estiver de um lado, e qualquer outra coisa estiver do outro, pimba! Dá meu coração com folga. Não dá a menor chance pros adversários.

E que grande burrice é ter um desses. E que grande burrice é querer salvar o mundo. E que grande burrice achar que a pessoa que a gente ama deveria amar a gente de volta e na mesma intensidade. E que burrice maior ainda é se doar ás pessoas, amizades, amores, se doar as causas, ás dores, que grande burrice é achar que com apenas um coração, faz-se alguma diferença.

Pois bem, desculpem a boca de quem anda cansada, mas que grande bosta! Queria saber esconder quando as lágrimas querem sair, mesmo que por motivos irrelevantes, mas que pra mim, a “sortuda” do coração, doem mais. Acreditem, eu sempre consigo somatizar tudo centenas de vezes mais do que os outros. Dá pra entender?

Queria acordar de manhã só um diazinho, e não me importar se perdi a hora, se tem alguém deitado dormindo no chão na frente do meu prédio, se alguém me pede dinheiro pra comprar remedio pra bronquite pra um recém nascido no terminal, se alguém pede dinheiro emprestado e eu sei que não vai pagar, se alguém me diz que não tenho amor próprio simplesmente porque me dou ao luxo de seguir meu coração, queria definitivamente acordar e não sentir vontade de chorar quando lembro de pessoas queridas que não estão mais presentes, quando penso em tanta gente com tantos problemas, queria comer uma coisa qualquer e jogar o papel no chão, tomar um banho de 4 horas até os dedos ficarem murchos de dane-se a água que falta por aí. Queria não ter peso na consciencia quando compro comida demais e jogo fora. Queria não esperar ouvir um “você me faz bem, eu te adoro…”. Queria ir á uma festa qualquer, beijar um desconhecido qualquer e achar bacanérrimo, queria não sonhar em construir família, queria não desejar tornar as pessoas que eu amo orgulhosas de mim, só um dia queria sair por aí andando na contra mão da vida. Me fazer de louca, desconhecida, e acima de tudo calar o coração, por minutos, segundos, seguir qualquer outra direção que não seja a que me foi apontada por ele.

E dá pra fazer isso carregando esse pedacinho vermelho dentro de mim, que aperta quando não está contente, que acelera quando vê o cara que duvida que eu seja um exemplar desses, com um pedacinho de vida latente no peito e uma consciência absurda que me tira o sono, o prumo, o rumo, e que me faz me colocar em segundo planos tantas vezes? Dá pra fazer tudo isso não levando em consideração quando causamos a discórdia, mágoa, choro, decepção? Quando frustramos expectativas que dependiam de nós pra serem concretizadas. Dá? Me ensinem?

Eu ando cansada dessa história toda. Ando cansada de ser quem anda lá atrás pra ter uma boa visão de como estão todos, como está tudo, mas que não se pode permitir chorar e esbravejar por parecer egoísta e mesquinha, diante de tantos problemas maiores ao redor. De quem erra de vez em quando, é teimosa, mas tem isso apontado por aí com muito mais ênfase do que as qualidades?

Ah, façam-me o favor. Me deixem quieta, já basta ter que conviver com ele, e acreditem ele não se cala, ele não se resigna, ele não guarda sua opinião pra sí. Já me basta ter que conviver com as expectativas e os sonhos absurdos que ele me faz ter. Já me basta desejar tanto, querer tanto, e viver tanto. Já me basta. Tanto amor, tanto carinho, tantos sonhos, perdidos no meio de tanta desconfiança, tanta falta de fé, incrédulos, rótulos, estigmas, desigualdades.

Tanta vontade de calar um minuto. Tanta vontade de que ao menos ele percebesse. Que ele entendesse…Puxa a mala lá de cima outra vez, porque simplesmente não posso exigir que enxerguem e reconheçam o que se passa aqui dentro…e mesmo assim queria saber de quem foi a grande idéia de me dar um desses!

segunda-feira, 7 de março de 2011

A frase do dia martelando…

                 

 

"O dia que eu coloquei meu passarinho no dedo, levei ele pra rua e ele não quis ir embora, mesmo podendo voar, eu entendi o que é liberdade. É querer estar junto mesmo com milhares de outras possibilidades lá fora. É poder ir e querer ficar. É ter a chance de escolher." – B.BZ

sexta-feira, 4 de março de 2011

Não Quero Mais Gostar de Você…

 

horizonte

 

Ás vezes eu acho que não quero mais gostar de você. Gostar de você tem se tornado uma tarefa difícil demais. Pode ser mesmo que minha falta de motivação tenha vindo com o pacote do ascendente que nem eu sei qual é.
Já parei pra pensar na hipótese de que a chata da história seja eu, mas você sabe muito bem que é muito mais simples colocar a culpa em você. Em você que é tão flexível, tão calmo, superior a tudo e que irá aceitar. E você compreende agora porque eu deveria cansar de gostar de você? A tua forma perfeita, disciplina em tudo, suas atitudes tão bem planejadas e frases de efeito me fazem tão menor, tão pouco perto de ti. É como viver na sombra. É feito um pássaro pousado no Cristo Redentor, ofuscado e sem aplausos. E não é só por não ter uma platéia. O fato é que tudo que vem de você me deixa impotente, sem reação. Todos os últimos farelos da minha história sobre ser bem resolvida foram varridos pelas suas características modelo. Características de um homem que eu tinha certeza absoluta até um tempo atrás, não poderia existir.  Eu quero gritar com você, chamar você de tudo, bater a porta do seu carro e não deixar você entrar, sem culpa nenhuma! Eu quero não conseguir contar nos dedos os teus defeitos. A minha ira é simplesmente você não me irritar. Por eu saber que eu vou sempre me render. E nem que eu fizesse aulas particulares eu conseguiria chegar aos teus pés. Nem passando mais cinquenta anos ao seu lado eu aprenderia tanto no que diz respeito a valores. Torna-se difícil provar que eu sou completamente apaixonada, que sim acho que você é tudo aquilo que eu quero pra mim, que sim que eu sou diferente não sei me relacionar sem levar meu coração e meus valores juntos, torna-se difícil mostrar que eu sou diferente pra alguém que simplesmente acha que as mulheres são realmente todas iguais, e que relacionamentos são algo tão difíceis.
Não quero mais me sentir a mulher mais feliz como me sinto estando com você. Não quero mais tentar provar que eu posso ser tão boa. Não quero mais esse desequilíbrio. Não quero mais te admirar tanto. Não quero mais ter certeza de todos os meus defeitos. Não quero mais ser a mulher de 25 anos que se sente com 15 perto de você. Não quero mais torcer pelas sextas e pelos domingos. Não quero mais te admirar tanto, tentar te provar que posso ser eu, tentar te tornar a vida mais leve, mais feliz como tu tornas a minha quando simplesmente me dá um sorriso.

Não quero mais me sentir especial quando tu faz um café gostoso pra mim. Não quero simplesmente amar não fazer nada, se o meu nada tiver a tua compania. Não quero mais me ver no meio de um outro país e simplesmente não deixar de pensar o quanto tu amarias estar lá. Não quero fechar meus olhos as 00:00 de uma noite de ano novo, e agradecer a vida pelo presente que fostes. Fechar novamente os olhos, sentir o vento bater no rosto e te desejar em pensamento toda a felicidade possível na vida. Não quero mais ser apaixonada pelo teu cheiro, pelo teu modo de andar, o jeito de fazer piada com qualquer coisa, a vontade de conquistar os sonhos, não quero inclusive amar a tua teimosia, que é como a minha eu sei, mas te faz tão contraditório, tão centrado nas tuas verdades, tão você.

Não quero mais tentar te deixar orgulhoso de mim, tentar te mostrar que eu enrrolo as pernas sim, mas eu caminho pra frente á minha velocidade e lá no fundo acho que sou uma mulher crescida. Não quero mais sentir a tua falta, me preocupar se estais bem, me preocupar se te faço bem. Não quero mais te contar tudo que eu já vivi, tudo que já aprendi da vida, porque isso me faz ter vontade de que tu também estejas comigo nas lições futuras.

Talvez eu tenha começado a me dar conta do que realmente é aquilo que temos. Talvez eu tenha entendido. Talvez sejamos diferentes no ponto em que eu verdadeiramente não gostaria de te perder, mas que tu simplesmente não achas que tens controle algum sobre os acontecimentos, e tens apenas a certeza de que quer viver, aproveitar, mesmo que para isso eu acabe tomando o caminho diferente, e talvez não te desgastes caso isso aconteça.

Talvez esse ano ao teu lado tenha me feito crescer em matéria de relacionamentos, em aprender a não esperar que o outro me ame, apenas dar motivos reais pra que isso aconteça. Aprender que definitivamente lá no fundo tu estais sempre esperando o momento em que as tuas teorias serão provadas, e que eu vou te mostrar que sou feito todo mundo. Mas é nesse ponto que nos separamos. É aqui que tu te enganas. É aqui que meus valores e minha índole se tornam mais fortes do que a tua desconfiança. Pra mim, saber quem eu sou me basta. É aqui que eu tento te provar que existem mulheres diferentes, relacionamentos não devem colocar em segundo plano os sonhos e as verdades de nenhum dos lados. É aqui que eu tento te provar que um amor, um relacionamento, são dois, e não um ou um e meio, relacionamentos são divisões de sonhos, divisões de conquistas, divisão de problemas, e não desistencia ou abertura de mão unilateral. É aqui que eu tento te provar que te ver feliz e se divertindo me faz bem, quando tu tentas encontrar em mim uma cara emburrada ou alguem que desaprova a tua vontade de ter vida pessoal também.

Juntam-se as noites em que eu agradeço á Deus pela minha vida, pela minha família, pela minha saúde, e por ti. Agradeço a ele por ter te encontrado tão cheia de km percorridos em matéria de vida. Pra tentar te provar o quanto as coisas são tão mais legais se olhadas pelo lado positivo. O quanto a vida é mais gostosa quando não deixamos de nos escutar, e nos passamos  a mão na cabeça quando necessário.

Espero que te lembres de mim com carinho, pra mim, fostes o homem que alcançou o sino das minhas verdades. Como amor não se pede, não se compra, eu apenas torço pra alguém conseguir tirar de ti essa armadura que não deixa entrar além de um limite, essa armadura que tem medo de estar errado, e de admitir caso esteja errado. Essa armadura que impede o que há de mais bonito de chegar ao seu lugar. Impede teus sonhos de serem surreais e mesmo assim serem aceitáveis. Essa armadura que faz de ti tão comedido, em questões que exigem o oposto.

A tua felicidade está muito próxima, e eu vou levantar as mãos pro céu e agradecer a cada conquista tua, a cada sorriso teu, mesmo que eu não esteja do teu lado pra comemorar contigo essas conquistas.

Amor, como eu disse, é puro, é limpo, é desejar a felicidade do outro mesmo sabendo que o outro talvez não venha á encontrá-la na gente. É se encontrar, trocar a bagagem de mão, renovar o ar, e entender que os caminhos podem ser diferentes e não há nada de errado nisso. É quem sabe, com lágrimas nos olhos, dizer um até breve, ou um Adeus, tendo-se a certeza de que se fez tudo aquilo que podia para que os caminhos tivessem uma mesma direção.

Eu tentei, não apenas te provar que eu era diferente, mas que as histórias poderiam ser diferentes. Talvez simplesmente não seja eu…
Não quero mais gostar de você