segunda-feira, 7 de março de 2011

A frase do dia martelando…

                 

 

"O dia que eu coloquei meu passarinho no dedo, levei ele pra rua e ele não quis ir embora, mesmo podendo voar, eu entendi o que é liberdade. É querer estar junto mesmo com milhares de outras possibilidades lá fora. É poder ir e querer ficar. É ter a chance de escolher." – B.BZ

sexta-feira, 4 de março de 2011

Não Quero Mais Gostar de Você…

 

horizonte

 

Ás vezes eu acho que não quero mais gostar de você. Gostar de você tem se tornado uma tarefa difícil demais. Pode ser mesmo que minha falta de motivação tenha vindo com o pacote do ascendente que nem eu sei qual é.
Já parei pra pensar na hipótese de que a chata da história seja eu, mas você sabe muito bem que é muito mais simples colocar a culpa em você. Em você que é tão flexível, tão calmo, superior a tudo e que irá aceitar. E você compreende agora porque eu deveria cansar de gostar de você? A tua forma perfeita, disciplina em tudo, suas atitudes tão bem planejadas e frases de efeito me fazem tão menor, tão pouco perto de ti. É como viver na sombra. É feito um pássaro pousado no Cristo Redentor, ofuscado e sem aplausos. E não é só por não ter uma platéia. O fato é que tudo que vem de você me deixa impotente, sem reação. Todos os últimos farelos da minha história sobre ser bem resolvida foram varridos pelas suas características modelo. Características de um homem que eu tinha certeza absoluta até um tempo atrás, não poderia existir.  Eu quero gritar com você, chamar você de tudo, bater a porta do seu carro e não deixar você entrar, sem culpa nenhuma! Eu quero não conseguir contar nos dedos os teus defeitos. A minha ira é simplesmente você não me irritar. Por eu saber que eu vou sempre me render. E nem que eu fizesse aulas particulares eu conseguiria chegar aos teus pés. Nem passando mais cinquenta anos ao seu lado eu aprenderia tanto no que diz respeito a valores. Torna-se difícil provar que eu sou completamente apaixonada, que sim acho que você é tudo aquilo que eu quero pra mim, que sim que eu sou diferente não sei me relacionar sem levar meu coração e meus valores juntos, torna-se difícil mostrar que eu sou diferente pra alguém que simplesmente acha que as mulheres são realmente todas iguais, e que relacionamentos são algo tão difíceis.
Não quero mais me sentir a mulher mais feliz como me sinto estando com você. Não quero mais tentar provar que eu posso ser tão boa. Não quero mais esse desequilíbrio. Não quero mais te admirar tanto. Não quero mais ter certeza de todos os meus defeitos. Não quero mais ser a mulher de 25 anos que se sente com 15 perto de você. Não quero mais torcer pelas sextas e pelos domingos. Não quero mais te admirar tanto, tentar te provar que posso ser eu, tentar te tornar a vida mais leve, mais feliz como tu tornas a minha quando simplesmente me dá um sorriso.

Não quero mais me sentir especial quando tu faz um café gostoso pra mim. Não quero simplesmente amar não fazer nada, se o meu nada tiver a tua compania. Não quero mais me ver no meio de um outro país e simplesmente não deixar de pensar o quanto tu amarias estar lá. Não quero fechar meus olhos as 00:00 de uma noite de ano novo, e agradecer a vida pelo presente que fostes. Fechar novamente os olhos, sentir o vento bater no rosto e te desejar em pensamento toda a felicidade possível na vida. Não quero mais ser apaixonada pelo teu cheiro, pelo teu modo de andar, o jeito de fazer piada com qualquer coisa, a vontade de conquistar os sonhos, não quero inclusive amar a tua teimosia, que é como a minha eu sei, mas te faz tão contraditório, tão centrado nas tuas verdades, tão você.

Não quero mais tentar te deixar orgulhoso de mim, tentar te mostrar que eu enrrolo as pernas sim, mas eu caminho pra frente á minha velocidade e lá no fundo acho que sou uma mulher crescida. Não quero mais sentir a tua falta, me preocupar se estais bem, me preocupar se te faço bem. Não quero mais te contar tudo que eu já vivi, tudo que já aprendi da vida, porque isso me faz ter vontade de que tu também estejas comigo nas lições futuras.

Talvez eu tenha começado a me dar conta do que realmente é aquilo que temos. Talvez eu tenha entendido. Talvez sejamos diferentes no ponto em que eu verdadeiramente não gostaria de te perder, mas que tu simplesmente não achas que tens controle algum sobre os acontecimentos, e tens apenas a certeza de que quer viver, aproveitar, mesmo que para isso eu acabe tomando o caminho diferente, e talvez não te desgastes caso isso aconteça.

Talvez esse ano ao teu lado tenha me feito crescer em matéria de relacionamentos, em aprender a não esperar que o outro me ame, apenas dar motivos reais pra que isso aconteça. Aprender que definitivamente lá no fundo tu estais sempre esperando o momento em que as tuas teorias serão provadas, e que eu vou te mostrar que sou feito todo mundo. Mas é nesse ponto que nos separamos. É aqui que tu te enganas. É aqui que meus valores e minha índole se tornam mais fortes do que a tua desconfiança. Pra mim, saber quem eu sou me basta. É aqui que eu tento te provar que existem mulheres diferentes, relacionamentos não devem colocar em segundo plano os sonhos e as verdades de nenhum dos lados. É aqui que eu tento te provar que um amor, um relacionamento, são dois, e não um ou um e meio, relacionamentos são divisões de sonhos, divisões de conquistas, divisão de problemas, e não desistencia ou abertura de mão unilateral. É aqui que eu tento te provar que te ver feliz e se divertindo me faz bem, quando tu tentas encontrar em mim uma cara emburrada ou alguem que desaprova a tua vontade de ter vida pessoal também.

Juntam-se as noites em que eu agradeço á Deus pela minha vida, pela minha família, pela minha saúde, e por ti. Agradeço a ele por ter te encontrado tão cheia de km percorridos em matéria de vida. Pra tentar te provar o quanto as coisas são tão mais legais se olhadas pelo lado positivo. O quanto a vida é mais gostosa quando não deixamos de nos escutar, e nos passamos  a mão na cabeça quando necessário.

Espero que te lembres de mim com carinho, pra mim, fostes o homem que alcançou o sino das minhas verdades. Como amor não se pede, não se compra, eu apenas torço pra alguém conseguir tirar de ti essa armadura que não deixa entrar além de um limite, essa armadura que tem medo de estar errado, e de admitir caso esteja errado. Essa armadura que impede o que há de mais bonito de chegar ao seu lugar. Impede teus sonhos de serem surreais e mesmo assim serem aceitáveis. Essa armadura que faz de ti tão comedido, em questões que exigem o oposto.

A tua felicidade está muito próxima, e eu vou levantar as mãos pro céu e agradecer a cada conquista tua, a cada sorriso teu, mesmo que eu não esteja do teu lado pra comemorar contigo essas conquistas.

Amor, como eu disse, é puro, é limpo, é desejar a felicidade do outro mesmo sabendo que o outro talvez não venha á encontrá-la na gente. É se encontrar, trocar a bagagem de mão, renovar o ar, e entender que os caminhos podem ser diferentes e não há nada de errado nisso. É quem sabe, com lágrimas nos olhos, dizer um até breve, ou um Adeus, tendo-se a certeza de que se fez tudo aquilo que podia para que os caminhos tivessem uma mesma direção.

Eu tentei, não apenas te provar que eu era diferente, mas que as histórias poderiam ser diferentes. Talvez simplesmente não seja eu…
Não quero mais gostar de você

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Casamento...

As vezes eu acho que sou uma das poucas mulheres da minha geração que sonha com coisas que aparentemente são coisas de mulheres do passado.
Óbviamente que dou valor á minha carreira, minha vida profissional, mas não tenho grandes apegos, não almejo ser rica, só feliz tá mais do que bom.
Sonho com casamento, daqueles á moda antiga, talvez não numa igreja repleta de gente que na maioria das vezes não está ali realmente pra prestigiar o amor de duas pessoas, mais pra tomar cachaça e se divertir, não, definitivamente o casamento dos meus sonhos é povoado por pouquíssimas pessoas, as de verdade.
Sonho com filhos, casa na praia pra fazer churrasco e ver as crianças jogando bola, baralho, correndo. Sonho chegar em casa depois de um dia de trabalho, abrir a porta de casa e ser recebido por carinho de cachorro, e amor de filho. Aqueles abraços que duram instantes mas que valem uma vida.
Sonho ter um dia das mães com um maridão trazendo café da manha com os filhos e todos deitados na cama juntos, curtindo aqueles momentos que realmente fazem diferença.

Festar é bom, mas não sou eu. Viajar é bom, mas será assim sempre, mas com sabores diferentes, e algo do qual jamais vou abri mão. Mas a total realização de quem eu sou com certeza virá quando tiver minha família.

Deixando claro que não tenho pressa, me considero demasiadamente nova pra isso tudo, mas que os alicerces da minha vida, esntão em fases de levantamento de pilares, faltam paredes, e teto. Depois sim vêm todas essas realizações.

Sei que parece meio retrógrado, mas eu sou assim. Tem gente que diz que não existe mais mulher assim, ou que duvida de conceitos assim, mas sinceramente não me importo, sou assim e pronto, não preciso provar á ninguém minha essencia.

Cheguei a um momento da vida de um pouco de esforço pra começar a colher os frutos, to plantando, na lida diária, suando, mas sei que tudo isso vai frutificar. Sei que a pessoa que eu quero pra mim hoje, talvez não me veja com os mesmos olhos que eu a vejo, mas o que me importa é ter o coração em paz, feliz, e satisfeito. O que me importa é saber que tenho carinho e respeito, sem ter que encenar, sem ter que deixar de lado meus defeitos, porque eles tam´bém me tornam quem eu sou hoje.

Sei que não escolhemos quem vamos amar, e de que forma isso começa, ou quem sabe até isso termina, porém hoje eu sei que definitivamente, quem não entender quem eu sou de verdade, não merece fazer parte da minha biografia. Quem duvidar do que eu carrego aqui, definitivamente, que vire um capítulo no livro do passado. Não sou perfeita, porém tenho certeza que sou o molde certo na vida de algúem, porém não tenho pressa, há muito aprendi a dar tempo ao tempo, espaço a vida, e a viver o dia de hoje com calma.
Porém, cuidado! Rainhas também sabem se fingir de mortas....não são apologias, analogias,não é xadrez, é uma questão de estratégia!

sábado, 5 de fevereiro de 2011

“Ando devagar porque já tive pressa…”

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Como canceriana que sou, costumo rodear, andar de lado, e conseguir tudo que eu quero sem pressa, e sem passar por cima de ninguém pra isso. Já ouvi dizerem que eu dou nó em pingo d’água, mas a grande verdade é que eu apenas tenho jeito pra lidar com as pessoas. E não tomem isso como uma verdade absoluta, pois quando as pessoas deixam de merecer, eu também abro mão de carregá-las comigo, embora muitas vezes sejam rupturas muito dolorosas, as famosas “mortes de pessoas vivas”, que acontecem e acontecerão diversas vezes na vida de todos nós.

Agora em se falando de conseguir as coisas, cada um de nós possui suas próprias prioridades, e também uma forma peculiar de colocar as coisas na balança antes de tomar alguma decisão na vida. Muitas vezes, abre-se mão de dinheiro pela saúde, abre-se mão de reconhecimento e ascenção imediata por frutos mais maduros, colhidos com um decurso de tempo um pouco maior.

Essas questões e momentos em que temos que parar, pegar a balancinha guardada embaixo da cama e começar a colocar prós, contras, ganhos imediatos, ganhos futuros e riscos, acontecem com todos nós uma centena de vezes durante a vida. E em todos os aspectos dela, pessoal, profissional, familiar, racional, sentimental…

Nós conhecemos várias pessoas, e observamos que cada uma prioriza os ítens de forma diferente na hora de pesá-los. Porém, ninguém tem o direito de criticar ou achar que não esta escorreito o jeito do outro priorizar os seus. Alguns de nós tem a família como pilar fundamental, outros o dinheiro, outros o amor, e há ainda os que simplesmente não se dão ao trabalho de pesar, e deixam a vida tomar todas as decisões por si.

E você, como prioriza?

Tenho uma amiga, das minhas únicas amizades que atravessou uma década e permance de pé, que sempre lê aquilo que eu escrevo aqui. Essa mesma amiga, tomou um caminho um pouco mais longo pra conseguir as coisas que todos almejam, e eu sei que muita vezes ela fica na dúvida das escolhas que ela tomou pra sí, por achar que os frutos ainda não estão aparecendo na vida profissional dela. E é pra ti, e que fique como um leve conselho á todos os demais, que eu digo: O unico lugar onde sucesso vem antes de trabalho, é no dicionário. Nem todos nós nascemos em berço de ouro e tivemos tudo de mão beijada na vida. E é aos que passam por adversidades pra estudar, trabalhar, moram longe, acordam cedo, acabam uma faculdade e encaram a segunda pois levaram um pouco mais de tempo pra se encontrarem naquilo que lhes dava prazer, pedem demissão de um emprego que já não preenche mais os sonhos e expecativas, começam do zero muitas vezes ganhando menos, voltam á estudar depois de muitos anos, mudam de sonhos, mudam de conceitos, mudam sua forma de ver o mundo, enfim, á todos os que não se permitem ser mantidos engessados em fórmulas de certo e errado, isso serve aquilo não, as pessoas são todas iguais, á todos estes, eu digo com conhecimento de causa, que o que vem fácil, vai fácil. O suor, as lágrimas, as queda, as decepções, a desilusão, tudo isso é o que enfrentamos no caminho por nossas auto-descobertas, no caminho pela conquista do que realmente nos preenche, e tudo isso só traz frutos, quando continuamos priorizando nossas decisões da nossa forma, sem nos deixar levar pelas opiniões e vivências alheias. Sem nos deixar levar pelas facildiade que a sociedade atual proporciona, mas que não trazem felicidade á ninguém. Só assim, olhamos pra trás e nos reconhecemos na nossa própria jornada. Caso contrário, olharemos as pegadas e elas nos parecerão ter sido trilhadas por uma outra pessoa, pois as decisões e caminhos tomados não terão qualquer semelhança com o que realmente somos, e aí vai ficando cada vez mais difícil nos encontrarmos na nossa própria vida.

Sei que muitas vezes, abrimos mão de muita coisa pelos outros. Muitas vezes desejamos inconscientemente coisas pra nossa vida, que nos foram ensinadas por nossos pais, e desejadas por eles, mas que não possuem qualquer semelhança com aquilo que verdadeiramente queremos pra nós. Nesta mesma linha de raciocínio, muitas vezes ao nos relacioarmos com alguém, acabamos mudando várias das nossas certezas para acompanhar a certeza do outro, e é aí que os relacionamentos vão por água a baixo. Ninguem precisa mudar seus sonhos, suas prioridades, sua vida, mas precisa sim respeitar as do outro. E não é difícil, basta colocar na balança, vocês querem ver?

Vamos tomar por exemplo um homem que não deseja casar, nunca na vida. E uma mulher que sonha com o matrimônio. Alguem vai precisar ceder, certo? Ok. Correto. Olhando assim de forma superficial, tudo bem, afinal temos que fazer concessões nos relacionamentos, certo? Errado. Concessões apenas são feitas quando não frustram sonhos, quando nao engaiolam personalidades, quando não tiram de nenhum dos dois sua essencia. Como ficará uma mulher que abriu mão do sonho de se casar porque seu parceiro nao desejava isso?. Onde é que ela vai colocar o sonho? Quando for aos casamentos das amigas, primas, tias ou conhecidas e se imaginar ali, e sufocar aquela tristeza por saber que jamais vai realizar? E agora, como fica a consciencia do homem que sabe que a mulher abriu mão de um sonho pra ficar com ele?. Que sabe que ela deixou de lado algo que realmente queria?. Como fica? Seria mais fácil se ele tivesse cedido? Onde ficaria a vontade dele nesse caso, de não fazer isso? Algumas diferenças são extremamente decisivas na vida que teremos. As decisões de abrir mão de algo por alguém, podem muitas vezes ser o início de um copo que vai se encher dia a dia, até que estoure no exato momento em que um culpa o outro por não ter conseguido realizar seus sonhos, ou por ter aberto mão deles e não ter mais tempo de voltar atrás.

Vocês estão vendo como as questões são muito mais profundas e provocam nas pessoas cicatrizes muito maiores do que imaginamos?

Por isso, caminhe á sua velocidade, mesmo que muitos te digam que você parece não sair do lugar, mantenha sua fé inabalável em suas prioridades e em seus sonhos. Dê á sua jornada a sua cara e a de mais ninguém. Responsabilize-se por seus erros e por decisões ruins, e não os outros. Certifique-se de que há muito mais de você na sua própria vida.

Querem um segundo exemplo? No ano passado eu conheci uma pessoa que mudou completamente a minha vida. Daquelas que eu vou lembrar pro resto da vida, que me ensinou a ser mais paciente, a enteder o tempo do outro, me ensinou que não posso exigir que gostem de mim, me ensinou que quem diz muito sim aos outros, diz muito não pra si mesmo. Enfim, certo dia estávamos conversando, em uma dessas conversas gostosas que temos aos domingos, há quase um ano, e ele me contou que quando era mais novo tinha uma bateria, mas que precisou vendê-la pra pagar os estudos. Disse que um dia ainda teria uma, mas que achava loucura comprar em função do preço. Eu disse pra ele algo que já haviam me dito um dia. A vida é dividida em ciclos, tu precisastes vender a bateria pra pagar teus estudos, certo? Bem, tu pagastes, trabalhasses muito, e hoje possui uma situação muito melhor, certo? Então por que não se dar ao luxo de fechar o ciclo, de devolver pra si mesmo algo do qual abriu mao pra poder plantar? Porque não colher o fruto de todas as dificuldades enfrentadas e se dar a bateria? Se presentar com ela, se acariciar?. E ele concordou que não havia olhado por esse ângulo. Bem, ele comprou. Há umas duas semanas atrás perguntei pra ele se ele havia se arrependido, e ele disse: Me arrependi de não ter feito isso antes. E eu me perguntei porque será que ele não fez? E lá no fundo eu sei, ele não estava se priorizando em sua própria vida. Ele estava em segundo plano em sua própria vida. Hoje, após quase um ano de convivência, eu percebo que ele ainda faz muito isso, priorizar os outros, mas percebo também que nesse intervalo de tempo, começou a olhar muito mais para sí do que olhava antes. Definitivamente possuía prioridades invertidas.

Eu mesma, posso me citar nisso. Vocês querem ver? Todo mundo sabe que cancerianas são altamente caseiras. Mulheres que nasceram e se realizam totalmente apenas com a maternidade. Se voc|ês conhecerem alguma, concordarão comigo. Sempre fui extremamente caseira, adoro estar com amigos, tomar um chopp, mas pra me tirar de casa pra ir á uma boate por exemplo, sempre foi uma guerra. Adoro meu canto, minhas coisas, andar á vontade, não ter horários, não ter cobranças. Sempre gostei muito da minha própria compania. Mantive um relacionamento de um bom tempo com um cara altamente baladeiro. Daqueles que queria andar em festas de quarta a domingo. E uma centena de vezes eu vesti um sorriso no rosto e fui acompanhá-lo. Em nenhuma das vezes, durante todo o relacionamento eu reclamei daquilo. Quando estava realmente muito cansada, eu ficava em casa, e ele ia. Agora, passados exatos um ano, me pergunto: Quanto tempo eu achava que aguentaria estar com alguem tao diferente? Quanto tempo levaria pra eu sinalizar que aquela vida de festas/gente fúti/noites mal dormidas, não era pra mim? E eu mesma conto pra vocês, o relacionamento começou a desandar quando essas e outras diferenças irreconciliáveis foram aparecendo. Foi aí que eu aprendi que o amor não sustenta essencias e índoles tão diferentes. Foi aí, e com a convivência que tenho tido com uma pessoa muito parecida comigo, que eu percebi que não abrir mão de si para ficar com alguém torna os relacionamentos muito mais leves, gostosos, duradouros, torna muito mais fácil dizer um não, e muito mais prazeroso dizer um sim.

Hoje, eu estou numa fase de “recomeço”. Resolvi mudar a vida profissional, e priorizá-la. Até que consiga o que eu almejo pra mim agora, minha vida pessoal vai estar com um pouco menos foco nessa caminhada. Porém, se me perguntarem o que eu gostaria da minah vida pessoal hoje, eu saberia dizer sem sombra de dúvida. Hoje eu consigo descrever meus sonhos, consigo descrever o que eu quero pra mim, consigo ter certeza absoluta de quem eu quero pra mim, consigo me enxergar nesse novo caminho, embora esteja dando ainda os primeiros passos. E sabe por quê? Porque as minhas escolhas são só minhas, minha prioridade sou eu, meus sonhos são meus.

Lembre-se, se você não pensar em você, vai ser difícil alguém que o faça…

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Sonhos…

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Pra quem vive sonhando acordada, não há nada mais difícil que pôr os pés no chão. É a eterna luta de aprender a conciliar nossos opostos. O que realmente é concreto, e o que se trata apenas de mais um amontoado de abstratos. Saber o que realmente é possível, e o que é puro sonho. Difícil? Muito. Muitíssimo.

Nessa hora, sempre acaba ganhando quem é mais ponderado. Quem é mais moderado. Quem é mais sensato, e acrescento: Quem acredita em si mesmo (Parece livro de auto ajuda, mas é a pura verdade)

A realidade sem sonho não teria a menor graça. Não poder almejar, vislumbrar e torcer pra todos os desejos se tornarem realidade. Pois é, o contrário também vale! Sonhos são definitivamente melhores quando tem uma certa realidade imbutida.

É engraçado como quando nos tornamos mais maduros, conseguimos enxergar com exatidão onde deixamos passar a sensatez, e onde deixamos faltar o sonho. Conseguimos localizar o momento chave de cada reviravolta da nossa estória, embora muitas vezes não seja nada fácil revivê-las mesmo que em pensamento.

Com sonhos a tiracolo e com pés levemente encostados no chão, não há mágica: as coisas acontecem. Palavras viram livros, rabiscos viram canções, nossos desejos saem do papel e criam vida. Simples idéias se transformam naquilo que a gente sempre quis.

E aí são os melhores momentos da nossa vida acontecendo. Tudo passa a valer a pena, apesar dos tropeços no caminho.

Vocês devem estar se perguntando por que eu entrei nesse assunto né? Porque eu sou uma das pessoas mais sonhadoras que eu conheço. Talvez eu devesse virar escritora, vai saber…

Sonhos são como trampulins, ou molas, que nos impulsionam, que nos fazem levantar da cama todos os dias e vestir nossos melhores sorrisos. Sonhos são a minha inspiração, minha força, minha fé e meu norte.

Na minha humilde opinião quem não sonha nunca se sentirá vivo de verdade.

Mas, como tudo tem dois lados, é bom ficar de olhos bem abertos. Ou melhor: Finque seus dois pezinhos de leve no chão. Quem se alimenta apenas de ilusao acaba por perder a realidade da vida e viver em um mundo paralelo que nunca condiz com a realidade. Pessoas assim são eternamente insatisfeitas com aquilo que são, com aquilo que tem, e com o universo que as cerca.

É, não é nada fácil conseguir ir ás estrelas, viajar e saber a hora certa de voltar.

Eu, sou uma canceriana nata. Daquelas que sonha com coisas que definitivamente poucas pessoas entendem. Tenho 25 anos, e apesar do senso de liberdade aguçadíssimo, minha solidão só tem graça quando muitíssimo bem acompanhada.

Uma vez me disseram que a minha mania de ver sempre o lado positivo das coisas e das pessoas acaba contagiando que convive comigo. Pois bem, tomara que eu consiga tornar as pessoas um pouco mais confiantes naquilo que realmente são.

Voltando ao sonhos, acho que somente eu sou capaz de entender o que se passa na minha cabeça. E a grande burrice é esperar que as pessoas notem meu esforço, reconheçam meu amor, entendam minhas fraquezas e defeitos. Como há muito tempo eu aprendi a conviver com a minha própria solidão, já não me machuca mais quando percebo que definitivamente não consegui transparecer quem realmente eu sou como ser humano. Tomo como experiência de vida, e toco o barco.

Talvez existam mais mulheres assim, que preferem ainda acreditar nas famílias grandes dos almoços de domingo, no amor expresso por uma bala e não por um anel, mulheres que conseguem se tornar independentes mas ainda possuem uma educação e sonhos á moda antiga. Que querem ter os pés no chão, mas gostariam muito de tirar os pés de alguém de lá. Que gostariam de tocar as vidas, mudar os rumos, apontar caminhos, dar o colo mesmo sem receber nada em troca. Mulheres que acreditam em relacionamentos pautados pela preservação da individualidade de cada um, mulheres que têm fé, mulheres que tem sonhos.

Meus pés estão fincados ao chão, mas a minha cabeça jamais vai deixar de percorrer todos os destinos que traça, todos os sonhos que almeja.

Quem tiver sorte, que me acompanhe. Quem tiver medo de não estar indo na direção correta e resolver pisar mais devagar, infelizmente não conseguirei acompanhar o ritmo por muito tempo.

E por falar em sonhos, vamos falar de você. Tu que estais sempre presente nos meus. Tu que te encaixas perfeitamente nos meus moldes. Tu que sonhas, apesar de se mostrar mais cético. Tu que desejas, almejas, oras, torces… Tu que tocasses a minha vida de uma forma um pouco diferente do que qualquer outra pessoa já o fez. Eu vim pra te apontar a direção, eu vim pra te ajudar a aguentar os dias em que desejares desistir, eu vim pra te mostrar que há coisas tão mais lindas esperando por ti nessa vida, eu vim pra te trazer felicidade, e pra te ver realizar os teus sonhos…não deixe os pés tão firmes no chao!

sábado, 15 de janeiro de 2011

Acho que chegou a minha hora…

 

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Dizem que os incomodados é que devem se retirar. Concordo. Se alguma coisa me incomoda, abandono o barco.  Ficar insistindo em uma coisa que não vai dar certo nunca foi a minha especialidade. Manter namoros estressantes, amizades interesseiras, empregos sem futuro não faz muito sentido na minha cabeça. Desculpe minha mania de ser clichê, mas a vida é muito curta pra gente perder tempo.
Não é nada fácil me agüentar, eu sei. Sou implicante. Tenho mania de sabichona. Falo o que penso. Faço o que tenho vontade (só o que tenho vontade!). E pior: sou adepta de uma filosofia de vida muito objetiva que eu mesma desenvolvi: “Quer? Quer. Não quer? Não quer”. Muito simples. E é assim que eu gostaria que agissem comigo. Não me quer, saia da minha vida logo. Me quer? Faça por merecer.
Não puxo saco de ninguém. Detesto que puxem meu saco também. Nunca saí com quem não queria estar comigo. Nunca fui à festa sem ser convidada. Não faço amizades por conveniência. Não sei rir se não estou achando graça. Não seguro o choro se o coração estiver apertado. Não atendo o telefone se não estou com vontade de conversar. Não namoro pra falar que tenho companhia. Nunca pertenci a grupos em que as pessoas pensassem, agissem e se vestissem todas iguais. Nunca precisei beber, fumar ou me drogar pra pertencer a nenhum grupo social. Isso não sou eu.
Sou eu a cidadã cansada dos padrões machistas da sociedade. Sou eu a cidadã cansada de ver as capas de revistas com corpos de fora e imaginar se o que conta realmente é ter alguma coisa por dentro. A cidadã que, de tanto pensar, não dorme. De tanto não dormir, não pensa. A cidadã que, aos onze anos de idade, queria consertar o mundo fazendo cover das paquitas nas escolas e falando pras crianças não se drogarem. A cidadã que não confia nos homens, não acredita na humanidade e gostaria de adotar um animal. A cidadã que planeja montar uma família daquelas de comercial, com crianças com sorriso gostoso esperandop em casa após o trabalho. Sou eu essa cidadã estranha. Sonho que sou a Branca de Neve e acordo engasgada com a maçã.
E de tanto comer maçã podre, aprendi. Agora, jogo fora o que não presta. Ou melhor, saio eu mesma do jogo. Não faz mais sentido acreditar que a sua amiga interesseira vai ser uma pessoa melhor depois que você conversar com ela. Ou que seu namorado vai mudar aquele hábito que te incomoda porque ele te ama. Ou que seu chefe vai reconhecer seu esforço e não vai te demitir quando precisar reduzir o quadro de funcionários. Não funciona dessa forma. Por isso, saio fora antes do final do jogo se eu não estiver de acordo com as regras. Me retiro se a incomodada sou eu.
O que incomoda vai estar sempre ali no mesmo lugar. Mas você não precisa estar. Mude de lugar. Mude de casa. Mude de emprego. Mude de amigo. De ficante. De namorado. De marido. Mude de atitude. Só não fique parada reclamando. Faça aulas de boxe. Aprenda a dar bicudos, a fazer gestos obscenos, a falar palavrão, a xingar as pessoas, a largar tudo pra trás. Aprenda a não levar a vida tão a sério. Aprenda que o stress só vai destruir seu estômago e torrar seu dinheiro em análises e remédios caros. Aprenda que as pessoas não são do jeito que você gostaria que elas fossem. Eu aprendi. Aprendi a hora de me retirar: vou embora antes do final da festa, então essa é a hora…

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

De Volta pra Casa…

 

 

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Eu voltei pra casa com saudades daqui e sem medo da vida real. Outro final de ano lindo com as pessoas que pularam da caixa mágica. Não foram necessários shows, festas, super baladas, ou algo desse gênero para eu dar tantas risadas. Talvez se houvesse não existiriam risadas e sim um Sr. Valmor.
Estranho pisar em terra tão familiar, distante, recente. Terra firme. Agora sim, uma terra firme.
Saltar do avião, não ganhar o mesmo tipo de abraço mas ganhar muita atenção.
Pass comfort! A mãe sempre diz que ele ajuda com as roupas amassadas, casos mal resolvidos, fugas planejadas...
No final de tudo, VEJA. Multi ação.
Concluindo, a intenção era a diversão. Ponto pra vocês todos que são sempre capazes de me proporcionar isso.
Sem rodeios ou mensagens subliminares para essa linha: Eu estou feliz.
Cicatrizando, vencendo, caindo e levantando. Feliz.
Um final e começo de ano que me fez apreciar os nachos calientes, focas, mala pequena, novas amizades e essa amiga maravilhosa que sempre me ajuda tanto..
Eu não esqueço nada, nem ninguém, porém mudar algumas das minhas prioridades vem sendo algo bastante eficaz no combate contra os dias cinzas.

O coração aprendeu a bater novamente sem pressa, e a cabeça enfim repousa sob novos planos…
Algumas palavras pra vocês...