quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

...

Como pode, ter gente tão falsa no mundo? Gente que fala mal e depois não assume que falou? Ou o que é muito pior, olha na sua cara e diz, feito comendiante de stand up, eu? eu nunca falei nada, foi tudo armado!
Que caia um raio na minha cabeça (ê coisa mais velha essa) agorinha, se meus ouvidos nao escutaram tudo que eu tenho certeza que escutaram, e leram tudo que eu tenho certeza que leram?
E muito pior que isso, é minha vida virar tema de debate, e eu me encontrar sentada no olho do furacão!
Ah, gente que não tem mais o que fazer. Vai doar sangue, visitar um velhinho no orfanato, se vestir de papai noel, desfaça-se de roupas antigas, quem sabe uma boa ação faça sua consciencia doer menos. Vai pra escola de teatro, quem sabe tu ganhes o papel de árvore em alguma peça infantil, porque cara de pau tens de sobra.
Como admiro gente que tem palavra. E quando eu falo de palavra é, mantém com firmeza o que disse. Eu não gosto de você e dái? Ao invés de amolecer e dizer eu nao disse nada.
Bah, tem gente que anda precisando ler algum livro de auto ajuda ou a bíblia, sei la!
Vai cuidar da tua vida, porque cuidar da minha, da tua, e de tantos outros, tá te sobrecarregando demais!
Vo ali me benzer, ou fazer um patuá, porque o olho grande tá pegando viu!

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

...Eu, assim...

E vêm todas as minha dúvidas. Meu turbilhão diário chamado vida.
Tenho inveja de gente que descansa. Gente que relaxa. Acho lindo, revigorante. Eu vivo em alta rotação. Velocidade máxima. Quero as coisas hoje, quero os sonhos realizados, quero que o amor seja todo dia como em contos de fadas, quero que os momentos sejam absurdamente especiais, cada um deles. E ai, quando eu tento relaxar, me vejo pêga pela monotonia, pelo tédio.
Eu não devia, mas confesso que gosto desse emaranhado de significados e nós que é a minha vida.
São idas, voltas, tentativas, êxitos, derrotas, tem drama que deixaria a Maria do bairro no chinelo, ah deixaria!
Ás vezes tem gente que acha que eu vivo numa bolha cor de rosa, nao tenho problemas, e sou sempre positiva e boa. beeemmm bemmmm! Erraram! Eu dô mancada a dar com o pau! Falo demais, sou impulsiva, sou um problema ambulante. Ninguém entende nada. Tenho auto estima e confiança no teto. Mas tenho problemas em dizer nao aos outros. O povo abusa, acha que sou a Madre tereza, enquanto o diabinho do lado do meu ombro insiste em me pedir que mande todo mundo á pqp.
Eu bebo feito homem, falo alto, conto piadas em mesa de bar e falo mal dos outros. Mas nao falo mal dos meus. Dos que me acolhem. Dos que me estendem os braços e me levam em suas vidas. Esses eu defendo com unhas e dentes. Brigo de for necessário.
Gosto de ajudar os outros. Dou esmola sim, compro doces no sinal, compro remedios pra pessoas na rua, pago lanches, passagens de onibus, ás vezes tenho a leve impressao de que me acham com cara de banco ahaoa, mas, Deus me permite ter um pouco, eu ajudo!
Sou fútil. Gosto de cremes importados, shampoos e perfumes caros, roupas de boa qualidade, mas nao sou materialista. Nao morro se nao puder comprar porque dou valor á outras coisas, prefiro momentos, prefiro toques, prefiro olho no olho, abraço, cerveja no boteco da esquina, adrenalina, amor....
Já passei fome, já fui enganada, já tive meu coração partido, já parti corações, já fui magra, gorda, morena, loira, ruiva. Já fui modelo, já tentei ser atleta, já fui pequena.
Hoje, não sou só a altura que voces veem. Sou coração, maturidade (apesar de muita gente nao ver isso), sou expectaticvas, sou amor, sou vontades que vem do nada, sou minhas tatuagens, sou minha familia, meus amigos e sou muito meu namorado.
Sou alma aberta. Sou verão, comidas nada saudáveis e madrugadas...
Sou o pôr do sol, e uma vida, que renasce a cada dia.
São 24 anos vividos com intensidade. É saber que não se está passando a vida em vão.
E quando se vê, lá foi mais um ano.
São os meus 365 dias deixando marcas...e pedindo licença pra tudo que virá! E que venha!

quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

vai...anda!

Nada de radicalismo, conformismo ou seja lá o "ismo" que isso esteja parecendo, eu só não vejo mais o porque da precipitação.Precipitação. Precipício. Qualquer semelhança deveria ser mero acaso. Ou não.Para que achar que isso pode acabar quando ainda nem começamos? Tome a coca-cola agora, pode não ter gás amanhã.Porque criar toda uma história quando ainda não existem protagonistas?Os coadjuvantes podem te surpreender, e a probabilidade de eles morrerem no final são menores.Para que querer mais quando não se conhece no mínimo, o mínimo? Somatório.Assinale somente as questões que tu tenhas absoluta certeza.Aprecie, viva, calcule menos.Senta aqui,venha rir comigo dos meus erros, vamos nos fazer de loucos esquecendo aquela semana chuvosa, desmarque o dentista na segunda-feira e visite tua namorada. Vamos, aprecie, viva!

quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Amiga pela metade...

Quem é você que se diz minha amiga e eu não sei da sua vida? Que já fomos confidentes e hoje eu nem sei se está saindo com alguém. Se está feliz. Se ele te faz feliz. E eu não sei o nome do cara que está saindo com aquela que um dia se disse minha amiga sem conhecer o verdadeiro sentido da amizade. De compartilhar emoções perdidas. Conquistas. Derrotas. De compartilhar aquela noite de sexta-feira, quando ninguém te chamou pra sair e você teve que ficar em casa assistindo tv.Quer saber? Você não me apetece. Tenho preguiça profunda de gente que não se dá. De gente “pé atrás”. De gente que é amigo nas horas vagas. Não, baby, eu quero full time. Eu quero a amiga que é toda ouvidos. Conselhos. Palavrão. Choro. Riso. Noite. Champagne. Vinho barato. Festas. Tropeços na calçada. Convites pro evento do ano. Mico do ano. Chocolate no cinema. Fila de cinema. Shopping no meio da tarde. Piscina no sábado de manhã. Assunto que não acaba mais. Telefonema sem assunto. Viagem pra praia. Os bonitos no trânsito. Os feios por toda parte. Os caras que a gente quer. Os caras que a gente não quer. Os caras que querem a gente. Os caras que não querem a gente. A gente.No amor, existe essa história de “cara metade”. Não sei. Nunca achei que tivesse faltando nada por aqui. Agora, não me venha com essa moda de “amiga pela metade”. Não vai colar. Dobre seus monossílabos numa mala e envie-os pra Abu-ghraib. Daí, se os sintomas persistirem, despacho você junto semana que vem

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Distâncias...

"(...)E a noite vem, sendo o descanso do sol... e a ponte vem, sendo a distância de quem tá só..um sol..com a cabeça na lua..a lua que gira que gira que girassol..."

São as distâncias, aparentamente grandes, mas fáceis de serem diminuídas. São as distâncias, tornando-se menores, menores, menores....mas quem foi que disse que a solidão termina com a presença?
A presença nunca foi suficiente. Tem gente que dorme do lado de alguem por anos, e se sente só ali. Tem gente que se sente sozinho em meio á um estádio, em pleno clássico, queria alguem pra abraçar quando fosse comemorar aquele tão esperado gol.
A gente vive na época em que as tecnologias diminuiram as distancias. Hoje a gente diz: entra no msn! E deixa de ligar e escutar o tom de voz do outro, pra sentir o que ele sente. E aí você conversa sem saber se realmente está sendo lido, se realmente tem uma compania naqueles instantes.
E as coisas simples fazem falta. Aquela ligação pra dizer que se ama antes de dormir, agora é um emoticon de coração, muito bonito, mas não tem tanta relevancia quanto escutar o seu amor dizer...boa noite, te amo, sonha comigo!
Distancias que diminuem, mas criam verdadeiras rachaduras nas nossas vidas. Amigo que te deixa feliz aniverssário no orkut apenas porque viu nso avisos que era seu dia,mas não perdeu 5 segundos te ligando e te passando energia positiva. Amigo que viu fotos da sua formatura no seu fotolog e deixou parabéns, mas não lhe disse porque não foi festejar com você (e você sentiu a falta dele lá). Amigo que marcou de ir com você no cinema ás 19, e te manda um sms ás 18 e 40 avisando que não irá mais.
Distancias que diminuem, mas que, volto a dizer, causam rachaduras.
Eu uso todas as ferramentas tecnológicas, assumo. Mas ainda ligo nos aniverssários, vou á casa das amigas desabafas ao inves de fazer isso pelo msn. O que me toca de fato é o contato, o tom de voz, o braço, o silencio acompanhado lado a lado.
Não deixemos a modernidade nos tornar menos humanos, vivos, intensos...
Eu tô fazendo minha parte....tô indo te abraçar...me espera!

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Escrever...





Escrever é tocar alguma coisa. Uma coisa que às vezes é macia, mas que às vezes fere, até ferir tantas vezes que um dia o machucado fica tão grande que é preciso parar e cuidar da mão. Escrever acontece. E em alguns períodos acontece com tanta frequência que é preciso dar um passo atrás, antes que se adoeça do oco que se sente entre a linha um e a linha dois. E existe o cansaço físico de transformar letra em sentimento e sentimento em letra, porque é impossível equilibrar a limitação das palavras com a adorável ilimitação da vida. Escrever adoece. O pulmão, o coração, o peito e qualquer parte sensível que não aguente o sufoco de vibrar numa rima e morrer na outra, repetidamente. Escrever é uma troca. E sempre faz bem para os dois lados, mas não é saudável usar o ombro de quem lê para enxugar as lágrimas de quem escreve. Por isso, é preciso respeitar a ausência, sem achar que a falta da coisa escrita é a falta da própria pessoa que escreve. É preciso absorver o vazio, sem precisar recorrer à última gota de poesia, porque esta nunca se deve tirar do sangue que passeia no corpo. E, por fim, é preciso aceitar, com doçura, o silêncio, sem nenhum sentimento de perda, mas acreditando que, com ele, se ganha outra coisa. Outra coisa que engrandece. Outra coisa que não está escrita. E que nem precisa estar.

terça-feira, 3 de novembro de 2009

Novos dias...

Tá faltando pouco pra que eu consiga dar passos rumo aquilo que todo mundo deseja. Um coração em paz, um trabalho que satisfaça e um bom lugar pra voltar todos os dias.
Os dias tem sido pesados, tamanha pressão que eu mesma venho me colocando pra fazer as coisas darem certo dessa vez. Ás vezes me pego sem entender como foi que tudo que eu planejei saiu do rumo com tal facilidade. Mas talvez eu tenha essa resposta, talvez não.
O que de fato eu consegui entender é que não sou intocável, a mola precisa ser lubrificada de vez em quando.
Eu vinha fazendo quase um movimento repetitivo de guardar, guardar, empurrar pra caber mais, guardar, e guardar. Mas aí certo dia, eu abri minha caixinha sem o devido cuidado e tudo isso caiu pra fora. E confesso não foi fácil ver tudo que eu empurrei ali dentro. Passei quase uma semana dando patadas no mundo, pra tentar me sentir melhor comigo mesma, e adivinhem? Não adiantou!
Separei o necessário, e o que definitivamente não era meu foi pro lixo!
E como o esforço sempre compensa, os dias tem sido melhores, e as esperanças tem voltado a me rondar!
Acreditem, uma hora o barco tem que andar!
Eu tenho dado passos bem menores do que os outros, confesso, mas já tive pressa e não me levou á lugar algum,pelo contrário, voltei ao ponto de partida!
Agora é um dia de cada vez!
Eu já não sou a mesma pessoa. E isso é uma dádiva em se tratando de alguém que enxerga fundo, mas é surda feito uma porta.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Maturidade?

""Nunca se deve engatinhar quando se tem o impulso de voar""


A fase é boa, bah e se é!
Eu só queria me encontrar em diversos sentidos no meio desses sinais que a vida ta me mandando...em meio a essas pistas que ela tem deixado de quem realmente eu me tornei agora!
ás vezes eu me sinto tão cansada, a ponto de não saber responder perguntas simples sobre a minha própria pessoa, e as respostas são quase sempre "não sei".
Mas como pode alguém não saber qual o seu sabor de sorvete favorito? Onde quer ir? Do que gosta? Do que não gosta?
Pois é, pra mim tudo isso é muito difícil. Porque não são conceitos que saem de mim e passam apenas por mim, não, eu não sou assim. Pra mim, todos os meus conceitos vem de fora e aí eles passam pra dentro. Tá errado, eu sei! O fato é que depois de algumas experiências traumáticas eu simplesmente comecei a ser assim por pura proteção. Éra mais fácil deixar a decisão sempre passar pelo outro, assim eu tinha certeza de que não me frsutraria.
Só que, isso teve um limite, e ele tá surgindo agora. Vem aquela vontade absurda de dizer quero isso, não quero aquilo, gostei disso, não gosto daquilo, e aí eu tenho que ficar segurando e ponderando pras coisas não saírem absurdamente desenfreadas.
Voltei a me sentir desconfortável com coisas que vem de fora, mas não fazem parte de nada aqui dentro, e que não é justo eu guardar comigo ou tomar como verdade.
Tá, vocês podem achar que eu to sendo contraditória porque eu disse que a fase era boa né?
Mas, eu considero isso uma bênção, e das grandes. E eu agradeço!
São olhos que novamente voltaram a enxergar, é uma cabeça que enfim voltou a pensar, e um corpo que voltou a se sentir desconfortável em moldes feitos de aceitação.
É aquela luzinha, que pode não ser grande coisa, mais já dá a direção!
Talvez tudo isso tenha se dado porque finalmente eu tenha me perdoado pelos meus erros e me permitido de coração estar em paz comigo mesma.
Talvez seja o amor, que me deixou um pouco mais sensível ás coisas que acontecem ao meu redor... e talvez seja o amadurecimento!
Incrível!

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

PRA PENSAR...

"(...)Imagine-se num jardim de cem espécies de árvores, com mil variedades de flores, com cem espécies de frutas e outros tantos gêneros de ervas. Pois bem: se o jardineiro que cuida deste jardim não conhece outra diferenciação botânica além do "joio" e do "trigo", então não saberá que fazer com nove décimas partes de seu jardim, arrancará as flores mais encantadoras, cortará as árvores mais nobres, ou pelo menos ter-lhes-á ódio e as olhará com maus olhos. Assim faz o Lobo da Estepe com as mil flores de sua alma. O que não está compreendido na designação pura e simples de "lobo" ou de "homem nem sequer merece sua atenção. E quantas qualidades ele empresta ao homem! Tudo o que é covarde, símio, estúpido, mesquinho, desde que não seja muito, diretamente lupino, ele atribui ao "homem", assim como atribui ao "lobo" tudo o que é forte e nobre, só porque não conseguiu ainda dominá-lo."
HERNAN HESSE - O LOBO DA ESTEPE

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O cúmulo...

Mais um ano vai chegando ao fim e, de repente, nos damos conta de que as lojas Americanas já estão enfeitadas com pinheiros e bolas douradas, e que, por não termos nos comportado bem em todos os meses anteriores, Papai Noel não vai trazer presentes na noite de Natal. Precisamos urgentemente reparar nossos erros, afinal, o ano está se encerrando e temos mesmo que ser bons e fazer o bem. Adoro essa hipocrisia que se acentua nos meses de outubro, novembro e dezembro.
Passamos os dias, o ano, a vida, voltados para nosso próprio umbigo. Compramos coisas caras, pagamos longas prestações e assumimos dívidas a perder de vista no cartão de crédito. Freqüentamos bons restaurantes. Gastamos com balada e bebida cara. Pagamos o que podemos. Acho justo, afinal, não é pra isso que trabalhamos? Trabalhamos para pagar nossas próprias contas, não as dos outros. Estou mentindo? No máximo, damos um trocado pro flanelinha (com muita má vontade) e uma moedinha no sinal de trânsito.Mas o final do ano se aproxima. Natal, Papai Noel, os veadinhos e o escambau. Tudo isso mexe com as pessoas e nos sentimos compelidos a sermos pessoas melhores. Sim, da noite para o dia. O tio-avô gordo caloteiro da família se traveste de bom velhinho, as madames compram brinquedinhos na loja de 1,99 para levar para as crianças carentes que passaram o ano todo abandonadas nas creches, os artistas drogados fazem doações de cheques no programa do Gugu. Acho lindo. Linda hipocrisia que assola o mundo.Muito bonito fantasiar-se de velhinho barbudo na noite do dia 24 de dezembro, visitar creches, fazer doações e levar brinquedos para criancinhas carentes. Mas será que é isso mesmo que faz de nós pessoas melhores? Será que é disso mesmo que o mundo, as crianças, os orfanatos e os pobres estão precisando? E quanto a todas as noites de julho na gélida Florianópolis onde mendigos descalços dormem nas ruas debaixo de papelão sem ter sequer uma meia para esquentar os pés? E quanto às farras de carnaval em que pessoas catam latinhas jogadas na rua por aqueles que se embriagam e sequer tem o mínimo de educação pra jogar a lata no lixo? E quanto àqueles que precisam de roupa o ano todo pois precisam se vestir não só em dezembro?Muito cômodo fazer caridade no final do ano. Acho lindo mesmo. Mas, de verdade, não é de esmola que o mundo precisa. O mundo precisa é das pequenas coisas. E não estou falando de brinquedo de 1,99, de bola de futebol ou de bicicleta no Natal. O mundo precisa é de atitudes mais humanas. De honestidade, de sorriso, de bom-humor, de boa vontade, de amizade, de mães e pais de verdade. De educação. Quer ajudar o próximo? Que tal começar doando aquele monte de roupa cara que você usou uma vez só? Que tal fechar a torneira enquanto escova os dentes, reciclar seu lixo, economizar energia elétrica, usar menos o carro? Que tal adotar um cachorro de rua? O mundo ta cansado de gente que dá esmola e trata mal o porteiro. Que faz caridade e não sorri pra uma criança pobre na rua. Que veste de Papai Noel e rouba dinheiro da empresa. Ser uma boa pessoa não tem a ver com fazer caridade uma vez no ano. É uma postura não só de Natal, mas de uma vida toda. É um olhar diferente sobre o mundo e sobre o que eu posso fazer para melhorar o mundo ao meu redor. Criança gosta de ganhar brinquedo no Natal sim. Mas nos outros dias, ela precisa de carinho, atenção, comida, respeito, educação e saúde. Quer fazer o bem? Comece tratando bem quem está do seu lado.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

...É assim...

...É ISSO QUE AS PESSOAS FAZEM.. A GENTE SALTA PEDINDO Á DEUS PRA APRENDER A VOAR NO MEIO DO CAMINHO...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Eu...

Sou do signo de Câncer. Água. Dizem que a profundidade é difícil de ser alcançada. Sou difícil de ser compreendida. Sou de fases, feito a lua. Muitas vezes não sei ser direta, mas sou franca. E exijo o mesmo das pessoas. Não gosto de meias-palavras ou meias-verdades. Só uso meias brancas. Mas nunca passo o reveillon toda de branco. Sou do avesso. Talvez eu seja, sim, o oposto daquilo que você espera de mim. Sou hiperativa ao extremo. Gosto de todos os bichos. Não gosto de muitas pessoas. Minha vida é desalinhada. Dirijo como uma mulher e choro como uma criança. Talvez eu mereça mais que isso.Talvez meu jeito estúpido de amar as pessoas ao meu redor não seja suficiente. Talvez eu precise começar do zero e aprender a amar. Aprender a viver como se diz no manual. O colégio militar não serviu pra muita coisa na minha vida. Minha família nunca me ouviu de verdade. Por isso, sou temperamental. Aprendi com a vida. Não gosto de ser incomodada sob o risco de eu te dar as verdades que não desejas ouvir. Gosto da liberdade, mas adoro companhia. Adoro abraçar as pessoas. Admiro os Pinguins. Aprendi no Discovery Channel que eles passam a vida inteira com o mesmo companheiro. São livres. Ninguém, nem nenhuma lei, obriga ninguém a ficar junto por mais tempo do que o amor consegue fazê-lo. Eu acredito nisso. No amor livre. No amor enquanto houver amor. No respeito, na cumplicidade, na transparência.
Por não saber o que quero da vida, vivo fazendo o que não quero. Por não saber amar, vivo levando na cara. Por amar demais, vivo sonhando. Por não acreditar nos sonhos, vivo me ferrando. Por me ferrar sempre, vivo me fechando. E por me fechar demais, vivo sem amor. Vivo com poucos amigos, poucas cifras e poucos CDs. Vivo com alguma poesia, uma caixa de lápis de cera e um Bonsai que me lembra duas agrandes amigas/irmãs. Vivo sem sorte no jogo e apostando no amor.Não quero amor de fim de noite. Não quero amor de uma noite só. Não tenho mais idade - nem saco - pra micareta. Não sei mais paquerar ou fazer joguinho de “não te quero só pra você me querer”. Não preciso que me queiram pra massagear meu ego. Tenho foco. Sou mulher de um homem só. Não preciso de conversinha com ex-rolos no Messenger porque sei bem o que eu quero. Não preciso de homem pra massagear meu ego. Não preciso testar meu poder de sedução mantendo possíveis casos amorosos na internet. Não preciso de ninguém pra me dizer o quanto sou linda, gostosa e inteligente. Pra isso, tenho espelho, academia, papel e caneta. Não preciso usar meu corpo ou muito menos minhas palavras pra conquistar alguém. Pra isso, tenho sentimentos que falam por mim.Acredito no amor, apesar de o amor não acreditar em mim. Valorizo as pequenas coisas, como o chocolate no fim da tarde e o almoço no meio do dia. Valorizo a boa intenção. A boa fé. Acredito nas palavras do coração pra fora. E nos sentimentos do coração pra dentro. Acredito em tudo que vem de dentro da alma. Acredito no agora e desconfio – muito – do futuro. Desejo o bem pra quase todas as pessoas que conheço. Acredito no desejo. Acredito na vontade que faz acontecer. Acredito que tudo que queremos de verdade acontece. Não acredito em pré destinações, cartas e tarô. Respeito todas as crenças. Acredito no amor que dura uma vida inteira. Desconfio do amor que dura uma noite. E respeito todas as formas de amar.
Acredito nas minhas verdades, inclusive aquelas que são mesmo só minhas. Mas adoro saber das verdades alheias. Adoro conhecer histórias, lugares, pessoas, principalmente se tiverem coisas boas a me acrescentar.
Sou mais boazinha do que realmente gostaria de ser, mais orgulhosa e rancorosa do que gostaria de ser, mais fechada do que gostaria de ser.
Tenho as vontades mais loucas, os sonhos mais tortos, e os desejos mais fortes.
A minha alegria assusta, contagia, e muitas vezes aproxima.
A minha trsiteza comove, por ser rara, por ser de dores que muitas vezes nem são minhas.
A próxima página ainda não tem título, não tem fotos, não tem marcações. Mas como qualquer página dessa tal autobiografia intitulada de minha vida, escreverei novamente com canetas coloridas....

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Sobra tanta falta...

"Falta tanta coisa na minha janela Como uma praia. Falta tanta coisa na memória Como o rosto dela. Falta tanto tempo no relógio Quanto uma semana. Sobra tanta falta de paciência Que me desespero. Sobram tantas meias-verdades Que guardo pra mim mesmo. Sobram tantos medos Que nem me protejo mais. Sobra tanto espaço Dentro do abraço. Falta tanta coisa pra dizer Que nunca consigo (...)"
Taí algo que ta sempre presente na vida da gente. As faltas. Mesmo que alguém te diga que é plenamente feliz, elas sempre sobram.
Sobra falta de um velho amigo, sobra falta da época da escola, da infância, de um gosto, de um cheiro, de um colo...sobra tanta falta.
E o mais engraçado são as faltas que nunca se fizeram reais, mais sobram, e sobram e sobram.
Aquele dia chato, o relógio não passa, voce sente falta de alguém sem saber de quem, sente vontade de comer algo sem saber o que, sente vontade de sentir alguma vontade.
Tem dias que sentimos vontade de ir a praia, tem dias que só queremos que chova pra poder ficar debaixo da coberta o dia inteiro. Tem dias que queremos colo de mãe, tem dias que só queremos a solidão...mas sempre sobra alguma falta.
Tá bom? podia melhorar. Tá comendo sorvete? podia ser na compania do namorado.
Tá indo pra uma balada muito massa? Podia ser com aquela amiga que agora mora longe, e que já te foi companheira de vida.
Dormiu bem? Poderiam ter sido 8 horas e não apenas 6.
E assim, sobra tanta falta...
E não é que sejamos insatisfeitos, infelizes, exigentes...mas é aquela sensação de que ainda falta alguma coisa.
Hoje ta me sobrando falta de ontem, muita falta!
Hoje me sobra falta de dias de sol, de dias de paz, me sobra falta de dias ao lado de tanta gente, de dias ao meu lado e só!
Hoje eu quero comer bis de copinho, ver filme com o namorado, fofocar com a amiga que tá longe, ganhar colo de mãe, achar dinheiro no chão, ganhar presente...affff cala a boca cátia, ta querendo demais!
E aí a gente dosa as faltas em cada dia...hoje o colo de mãe já me basta, amanha eu como bis, e assim vou suprindo as faltas, enquanto vou adquirindo novas hahaahahahah...
E aí tem dias que a gente não entende onde esta, porque está, como está, como chegou onde está...mas somos movidos pelas faltas...ahh disso eu tenho certeza!
E você.. sobra falta de que por aí?

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Comovida...

Eu definitivamente queria saber porque as coisas me comovem tanto. Inclusive aquelas que não deveriam sequer me causar alguma boa sensação.
Ontem assisti uma pessoa que ficou 3 meses presa ser solta, e assisti com a certeza de que estava presa injustamente. Ver alguém doente, chorando, por ter cumprido uma pena que não era sua, não foi fácil pra mim. Como fica o psicologico de alguem que foi punido sem sequer ter feito por merecer aquilo?
Agora minha indignação. Ao ser solto, este senhor pediu ao policial que havia conduzido-o da delegacia até o forum se poderia voltar com ele até lá pra buscar suas coisas. E o policial friamente disse: NÃO, estais solto agora, te vira! Aí, com gestos de súplica o mesmo senhor disse, pelo amor de Deus, eu não tenho dinheiro aqui nem pra tomar um ônibus! E o policial disse: PROBLEMA SEU!
Tá, depois o cara sai dali e assalta alguem por causa de 3 reais pra pegar um ônibus, as pessoas ainda o chamariam de marginal e o colocariam de volta na cadeia. Tirei dinheiro do bolso, fui até lá, dei pra um amigo dar pra ele, que ficou absolutamente agradecido, daqueles agradecimentos de causar comoção mesmo.
Vocês devem estar se perguntando porque eu estou contanto essa história né? Bom, porque eu não consegui entender porque o policial não se comoveu. Eu faço coisas que arrepiar os cabelos do diabo pra ajudar os outros. Quem me conhece sabe. Dou dinheiro que me faz falta depois, dou conselho, dou ombro, dou um pouco de mim sempre que me pedem.
E o que eu ganho com isso? As pessoas costumam dizer que eu sou boazinha demais, que ninguém reconhece as coisas que eu faço. Mas sabe do que mais? Eu nunca esperei qualquer reconhecimento alheio. Quando eu ajudo alguém, isso me faz muito bem. Tudo que eu sinto quando eu posso contribuir pra melhorar um dia, uma hora, um instante na vida de alguém, não tem dinheiro no mundo que pague.
E se não quizerem reconhecer? Foda-se! Eu faço por mim. Porque alguém também já me ajudou um dia. E esse alguém sabe que eu rezo á Deus todos os dias e agradeço á ele, destino, sorte, que me trouxe essa mão na hora exata.
Deixe-se comover. Ajude.
A grande maioria das pessoas não está nem aí pros problemas alheios, pras dificuldades, pra fome, pra desigualdades, pra injustiças...
Mas.... eu faço uma prece todos os dias ás exceções, porque sim, elas existem!

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Um teatro mágico, eu quero isso todo dia!

"Sou capaz de fazer da minha briga meu abrigo....tanto faz..não satisfaz...do que preciso...além do mais quem busca nunca é indeciso..."


Noite perfeita. Tudo aquilo que eu sempre admirei, ali, na minha frente. Todas as ideologias tão similares com o que eu carrego como valores.
O "tudo numa coisa só", as músicas carregadas de realidade social, política, econômica. Os discursos pautados pela igualdade, pela liberdade de expressão, a luta pela vida.
A noite mais inacreditável do ano. As duas horas mais bem vividas em muito tempo.
Sonho realizado, mais um vez. E na compania do meu personagem principal, dono dos meus melhores sorrisos.
Em silêncio em agradeço... e só "enquanto eu respirar...vou me lembrar de voces"...

Noite mágica! Na memória...!

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Fora de moda

É só ligar a tv ou abrir uma revista qualquer pra você fazer a seguinte constatação: você está fora de moda. Os anúncios publicitários com garotas de 1,80m, 49kg e mais de 300ml de silicone nos peitos não deixam dúvidas: você está realmente fora de moda. Você é magra, sarada e linda, mas isso não basta. Coloque um pouco mais de peito – mesmo que sua altura não comporte os 475ml de silicone que você quer colocar pra ficar igual àquela famosa pelada da tv, da revista e da casa de massagem – coma alface no café da manhã, ricota no almoço e meia cenoura crua ralada no jantar – mesmo que isso vá te causar uma puta dor no estômago, te deixar com bafo de macaco morto e provocar vertigens - use salto 15 pra ver se você fica com o corpo mais esguio – mesmo que você não durma à noite com dores na coluna e tenha que fazer fisioterapia pra arrumar seu joelho.
Isso me lembra um trecho de um texto da Tati Bernardi em que ela diz assim:

"Sou publicitária, mas não foi pra isso que eu freqüentei uma faculdade. Não perdi minhas noites de sono acordando às seis da manhã por quatro anos seguidos pra fazer as pessoas se sentirem mal. Me recuso a “emagrecer” modelos no Photoshop, me recuso a aumentar bocas, peitos e bundas pra distorcer a realidade e fazer as pessoas acreditarem nisso."

Como se já não bastassem as “perfeitas” das revistas com as peles esticadas, as bundas sem celulites, as cinturas sem gordurinhas e com os peitos encostando um no outro. Onde estamos querendo chegar???Criaram monstros. Pessoas frustradas com o que vêem no espelho de suas casas. Criaram minha amiga que só come salada porque acha que está gorda com 1,72m e 52kg. Que, com esses mesmos 52kg, já fez três lipoaspirações, duas cirurgias no nariz, uma nas orelhas, colocou 275ml de silicone nos peitos e acabou de comprar um pacote de 20 sessões de uma tal estimulação russa. Culpa dela? Acredito que não.Não estou tirando meu corpo fora. Muito pelo contrário. Meu corpo é a maior vítima desse circo que a mídia armou. Já coloquei meu nariz de palhaço. Uso o Photoshop pra tirar minha cicatriz de quatro milímetros (quatro milímetros!!!) no queixo. Gasto rios de dinheiro em cremes anti-celulites e tratamentos que nunca melhoraram em nada, porque, segundo minhas amigas, meu namorado e até eu mesma, eu não tenho celulite. Mas a mídia insiste em vender cremes milagrosos, xampus de 279 Reais (que fazem o mesmo efeito que os de 3,99 da farmácia), tratamentos que não tratam nada. A solução milagrosa que só te traz um problema maior ainda: a realidade.E a realidade é que os homens procuram as mulheres perfeitas das revistas e encontram a gente. Eu e você. Gente que dorme e acorda sem Photoshop. Que dorme maquiada e acorda com olheiras. Que come chocolate e mata a academia porque trabalhou o dia inteiro e chegou morta de cansaço em casa à noite. Que a pele da axila não tá lisinha igual os caras vêem na revista porque, de tanto passar gilete, ela começou a ficar meio áspera. Que a pele do rosto têm cicatriz, tem mancha e tem umas espinhas de vez em quando. Que, se alguém beliscar sua bunda, vai ter uma celulitezinha escondida por mais que você malhe, sue e use todos os cremes anti-celulites da farmácia. Gente de verdade. Que não mostra a bunda na tv e não abre as pernas nas revistas como se fosse um consultório ginecológico. Gente de boa fé que acredita no que a mídia vende – e eu não estou falando de produtos aqui. Gente sem muito peito, com bunda grande demais, com 1,75m e uma cicatriz no queixo. Gente como eu: fora de moda.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

cansei..

Quando eu era criança, me ensinaram que a gente deve fazer o bem sem esperar nada em troca. Me ensinaram que as pessoas não vão ser boas comigo porque eu sou boa com elas. Me ensinaram a nunca esperar nada em troca. Até no “catecismo” (é, eu fiz isso!) me contaram que seu Jesus ajudou não sei quantas pessoas e só uma voltou pra agradecer (não sei contar história direito, mas é mais ou menos isso). Eu já deveria ter aprendido nessa hora.Mas não. A gente quebra a cara, apanha da vida, se ferra e não aprende. Você ajuda uma pessoa que depois quer puxar seu tapete, você respeita alguém que mal conhece essa palavra, você presenteia pessoas que fazem pouco caso de você no dia do seu aniversário, você é fiel ao cara que só está esperando a primeira oportunidade pra te colocar um par de chifres, você paga o jantar da sua amiga que depois quer rachar o estacionamento de três reais com você.Seria muita hipocrisia minha dizer que gosto de fazer o bem pras pessoas e só tomar ferrada em troca. Mas não sou covarde o suficiente pra dizer que sou boazinha pra agradar o mundo e não me importo se as pessoas agem com descaso comigo. Me importo sim. Não tolero descaso, falta de consideração, falta de respeito. Não tolero gente sem educação porque sou educada com as pessoas. Não tolero gente que não cumpre com a própria palavra porque, a partir do momento que eu me comprometer com algo, vou cumprir com o que foi dito.Nunca admiti, na minha vida, homem que diz que vai ligar e não liga. Nunca entendi minhas amigas que tomam end dos caras e insistem em ligar pra eles mesmo assim. Nunca entendi mulher que toma chifre e finge que não sabe. Na verdade, nunca entendi gente que finge de burro pra continuar pastando. Descaso, falta de consideração, falta de educação, falta de respeito, falta de hombridade, falta de coleguismo, falta de ser gente. Nunca vou entender como alguém acha isso normal.Sempre esperei que as pessoas agissem comigo da mesma forma que ajo com elas e é por isso - e só por isso - que sou honesta. Que sou franca. Que sou amiga. Que sou fiel. Só por isso me esforço pra ser uma pessoa boa. Porque espero das pessoas o mesmo tipo de atitude. E não porque quero ser a Madre Teresa de Calcutá ou almejo algum tipo de canonização. Mas sabe de uma coisa? Bobagem. Na hora que a coisa aperta, é com um ou outro que você pode contar e só. Aí, cadê aquela sua amiga pra quem você pirateava cds do Jota Quest porque ela não tinha dinheiro pra comprar? Cadê aquela outra que, quando a mãe dela ficou doente, você se ofereceu pra ir com ela de madrugada pro hospital? Cadê aquela amiga que você buscou e levou em casa durante os quatro anos de faculdade? Cadê aquelas que freqüentavam todas as festas na sua casa? Cadê aquela que você levou em casa lá no fim do mundo quinhentas vezes depois das festas? Cadê todo mundo quando você precisa de uma coisa muito simples?Não sei onde estão essas pessoas e agora, de verdade, prefiro não saber. Prefiro que todas elas se lasquem porque agora vou ser uma pessoa pior. Cansei de fazer o bem e me dar mal. Cansei de esperar atitudes das pessoas e mofar esperando. Cansei desse povo sobrando inútil na minha vida. Cansei de ser a boazinha. A que sempre se fode. Cansei dessa hipocrisia de fazer o bem de graça. Cansei de ser a única a me lascar. Cansei de me lascar de graça.


video maravilhoso...o psicanalista explica como e porque termina o amor http://www.youtube.com/watch?v=e_ZQBBhe3ZA recomendo!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Eu valho a pena...

Eu sou assim. Já vou dizendo logo quem sou, pois meu negócio é a realidade. Não tenho mais idade pra namoros adolescentes ou pra me interessar por viver uma ilusão. Todos que se apaixonaram por mim sofreram no final. Queriam que eu fosse alguém que eu não sou pra eu corresponder a uma expectativa que não fui eu que criei.
Eu não pareço, nem de longe, a garota da camiseta molhada da revista. Eu não tenho vocação (nem bunda suficiente) pra andar de shortinho enfiado. Nunca vou achar normal traição e meu conceito de traição inclui trocar telefone (ou outro meio de contato) com uma mulher na balada. Minhas verdades mudam com o tempo, meus valores não. O que alguém acha de mim não vai determinar quem eu sou. Mesmo assim, não vou discordar quando alguém achar que eu não valho a pena. Eu valho. Eu valho a pena se tentarem me amar ao invés de se apaixonarem por mim.
Talvez essa seja a grande questão. Perceber o lado que não demonstramos, perceber as fraquezas que não acenamos, perceber os defeitos que insistimos em esconder.
E quando tudo isso torna-se aceitável, sim, eu disse aceitável, pois nao da pra tentar mudar o outro ou esperar que ele se encaixe em nossos moldes pré-concebidos por mulheres de capa de revista ou homens galãs de novela das oito, aí sim, aceitando a realidade, a coisa toma corpo.
Eu sentei, e tentei imaginar o exato motivo de eu ter me apaixonado por ti, em primeiro lugar. E logo depois disso, percebi que diferente de todos os outros, tu nunca me demonstrou ter quaisquer expectativas. Taí, achei a diferença!
Achei o motivo pelo qual, é tão difícil pra mim me desentender cuntigo. Porque pra mim é tão difícil querer odiar os teus defeitos e só conseguir achar graça. Te olhar e não conseguir encontrar nada que me faça não te querer.
Eu busquei algumas respostas, e percebi que estava agindo exatamente como todos aqueles que se apaixonaram por mim e tiveram seus corações partidos, criando expectativas pra ti, que eram só minhas. Que tu não tinhas obrigação nenhuma de suprir.
Querendo ouvir de ti, declarações semelhantes ás que o amigo faz pro amor dele, mesmo sabendo que tu nunca fostes bom com as palavras, e que isso me fazia gostar ainda mais de ti.
Esperando de ti, que me mostrasse o quanto sou importante, quando na verdade tu fazes isso todos os dias, mas da tua forma, com um pouco mais de realismo, e menos manoel carlos.
Hoje eu dei mais alguns passos em direção a novas realidades. Hoje eu aprendi a lidar com um lado mais sereno, menos maria do bairro, um lado mais adulto.
Vai ver seja o amadurecimento.
E ainda que não seja a garota da capa da revista, ou aquela que faz tudo certo na hora certa, eu continuo valendo a pena. Eu continuo querendo valer...

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Planos...

O que nos motiva são os planos né?E quando eles simplesmente dominam? Regem todas as nossas ações, roubam o sono e tornam-se fatores determinantes de TUDO? É foda arriscar a possível felicidade em cima de suposições, de possibilidades. Planos são apenas chances. São anseios, realizáveis ou inúmeras vezes, não. E seria muito mais simples se eles só dependessem dos seus autores...Mas quer saber, foda-se. Eu vou concluir "todos" os meus. Eu escolhi escrever nessas linhas. E eu vou seguir nelas até que precise virar pra próxima página.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Perdas...

Hoje eu vou escrever um post pra alguém que jamais vai ler, mas escrever de alguma forma já me acalenta e muito!
Certo dia, a vida pôs no meu caminho um anjo. Sim um anjo. Porque somente anjos tem tal pureza de coração. Somente anjos possuem tamanha capacidade de doação, e porque não tamanha alegria de viver.
Esse anjo, que me deu mais do que aquilo que enche barriga, me deu abraço, beijo, colo, força. Me deu exemplo pra carregar a vida toda. Me provou que a simplicidade é a base de uma vida feliz. Me provou que amor, afeto, doação, são sentimentos puros, que não esperam nada em troca.
Alguém que sem ao menos me conhecer, me recebeu em casa, me fez parte da família, e dividiu comigo o pouco que tinha.
Alguém que me tirou a fome, a solidão, o medo, e que me encorajou a me perdoar e recomeçar a minha vida.
E é no dia em que esse anjo terminou sua missão por aqui, que como se a terra soubesse, só chove. Quase como um leve choro, por uma alma boa que infelizmente, foi descansar.
E é no meu choro que ficarão as saudades, os agradecimentos, e o eterno carinho.
Que brilhe em paz.
Assim como brilhará no meu coração, pra sempre!
OBRIGADA.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Feliz

Final de semana saído da caixinha mágica! Daquelas com palhacinho de mola dentro e tudo!
Deixou por aqui um gosto de quero mais, deixou por aqui idéias, desejos, surpresas, deixou aqui certezas incríveis!
Deixou aqui um amor em crescimento, deixou aqui novas amizades, e deixou aqui um gostinho doce de amo muito tudo isso e queromuitomais.com!
Se eu soubesse que a minha vida se transformaria dessa maneira há alguns meses, ah se eu soubesse!
O carinho das pessoas comigo é algo que me supreende. Os sorrisos são dádivas que me encantam, trazem sentido, cor, alegria aos dias.
Eu dei mais alguns passos em direção á tudo aquilo que eu mais amo na minha vida. Amigos, família, amor...tudo aquilo faz a vida ter sentido.
Hoje, eu falo com a maior certeza do mundo que as expectativas já não são tão latentes, simplesmente porque todas elas vêm sendo correspondidas. Uma a uma. Sem pedir licença.
Hoje eu quero dormir até meio dia, acordar e almoçar brigadeiro, fazer cócegas em alguma criança.
O mundo realmente se esforça pra me fazer feliz.
E não é que ele consegue?
Incrível como passei a precisar de tão pouco pra ser feliz! Incrível!

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

AMIGOS

Seus verdadeiros amigos são aqueles que não dizem que tu somes quando está namorando. São aqueles que te levam na vida, na cabeça, na mochila no coração.
Seus verdadeiros amigos são aqueles que não ligam se tu falas alto, não usa as roupas da moda, se bebe e chora, ou se não gosta de sair.
Seus verdadeiros amigos te dizem sim, te dizem nao, mas jamais te deixam sem resposta.
São aqueles que sabem dos teus defeitos, e mesmo assim te querem por perto.
Seus verdadeiros amigos viajam 10.000 km pra te ver, gastam todos os créditos do celular pra te consolar, te fazem sentir querida (o).
Seus verdadeiros amigos são como uma família que tu escolheste. São ombro. mas também sabem ser crítica se necessário.
Seus verdadeiros amigos compram brigas por você, e não deixam você comprar brigas por eles.
Seus verdadeiros amigos não ligam se você compra suas roupas no shopping popular. Esses mesmos amigos, não são aqueles que criticam, mas voltam na terça á tarde e compram as roupas no mesmo shopping popular.
Seus verdadeiros amigos topam um chopp, um suco, uma água. Topam fazer parte da tua vida.
Seus verdadeiros amigos alegram-se com as tuas vitórias, e também entristecem com as tuas derrotas.
Seus verdadeiros amigos riem das tuas piadas idiotas.
Seus verdadeiros amigos avisam quando voce saiu do banheiro com o papel higienico embaixo do pé.
Seus verdadeiros amigos te dizem quando você está malo vestido (a).
Seus verdadeiros amigos não mentem.
Seus verdadeiros amigos te acompanham numa viagem, numa super balada, ou no boteco da esquina.
Seus verdadeiros amigos são assim, e te aceitam assim, exatamente como tu és!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Felizes as Lucianas...

Estou eu saindo da academia, feliz, quando vejo uma moto parada. Horrível. Não entendo nada de moto não, mas de feio e bonito, eu entendo. E era horrível. Pra piorar a feiúra da pobre coitada da moto, havia nela um adesivo com letras garrafais onde se lia: LUCIANA. Deduzi logo de cara que o dono da moto é mesmo apaixonado por essa Luciana. Pobre Luciana! Foi arrumar um homem com tamanho mau-gosto.Eu não deixaria namorado meu tatuar meu nome nele. Não acharia graça nenhuma se ele colocasse um adesivo gigante com meu nome onde quer que fosse. Não vejo romantismo nenhum em pichações com declarações de amor e nomes dentro de corações. Mas, quer saber?! Senti uma pontinha de inveja da Luciana. Luciana tem um namorado barango com uma moto velha e um puta mau-gosto, mas que não tem vergonha de mostrar pros outros que ele tem namorada. Luciana.Tem homem que tem medo de compromisso. Tem homem que tira a aliança pra sair à noite e se passar por solteiro. Tem homem que começa a namorar mas continua sendo solteiro pras peguetis dele, pois ele sequer dará alguma pista. Tem homem que começa e termina namoro e continua prospectando novas interações por onde passa. Aqueles que fazem declaração pública de amor são bregas, Wandos ou jogadores de futebol. Falar de amor é brega. Expor que você ama é brega multiplicado por vinte. E tatuar nomes em partes do corpo só sendo pagodeiro mesmo.Mas nós, mulheres, precisamos disso. De provas concretas e palpáveis de que somos amadas. Gostamos de ouvir declarações de amor, gostamos de receber cartões, gostamos de serenatas (tá, isso não existe mais e ninguém nunca fez uma serenata pra mim, mas a idéia me agrada), simplesmente gostamos de demonstrações públicas de afeto. A gente gosta de saber que o cara com quem a gente divide a vida não se importa de mostrar pro mundo que ele tem “dona”, de colocar nele a plaquinha de “ocupado”.Demonstração pública de afeto não tem nada a ver com expor sua vida ou seus amores. Ninguém precisa saber se vocês brigaram ou tiveram uma noite maravilhosa. Ninguém precisa saber quais são seus problemas, se ela tem ciúme ou se ele não liga quando diz que vai ligar. Não to falando de expor a intimidade ou fazer um reality show da vida. Mas para nós, mulheres, seres carentes de amor que somos, as pistas palpáveis são fundamentais. A gente quer ver o Orkut do namorado com o status de “namorando”, a gente quer que ele coloque foto nossa no MSN, a gente quer frases, palavras, cartas e declarações.Quando a gente ama, quer mostrar pro mundo que amar pode dar certo. Na minha ingênua cabecinha, só uma pessoa totalmente envolvida e livre de qualquer intenção com outra pessoa, pode expor publicamente que encontrou alguém – seja no Orkut, no MSN ou na moto - e que o posto de namorada não está mais disponível. Não sou a favor de tatuagem com nome de namorada, mas isso é só um gosto pessoal. Não sou a favor de motos ou adesivos e isso também é apenas um gosto pessoal. Pode me chamar de louca. Mas, pra mim, amor tem a ver com exclusividade, com abrir mão de todo resto e (por que não?) com tatuagens, adesivos e outras formas de comunicação. Felizes as Lucianas.

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Have you been listening to your heart????

Ouvir o coração. Taí algo que eu nem sei se faço sempre. Apesar de ser altamente sentimental, ás vezes eu mando ele falar mais baixo, só pra não ter que escutá-lo!
Quantos de nós já perderam oportunidades, ou as deixaram passar quando se trata de amor? Todos. É o velho jargão, cada escolha resulta em uma renúncia. E muitas vezes eu até concordo com ele.
Quantos de nós já tiveram seus corações magoados, quantos já magoaram corações, na busca de interpretar, entender aquilo que ele quer dizer pra gente?
Bah, tu tens uma namorada linda, és invejado pelos teus amigos, mas a não tão bonita menina to teu trabalho mexe cuntigo. Tú tens um namorado daqueles que toda mulher sonha, abre portas de carro, paga contas, diz eu te amo com a velocidade da luz, e só anda de terno, tudo ótimo se não fosse aquele carinha da tua rua, que só anda de bermudão e havaiana, que faz tuas pernas ficarem bambas toda vez que o vê.
O coração é mesmo uma coisa engraçada. A falta de controle que temos sobre ele é uma cosia engraçada.
Mas, há um ponto em que tudo perde a graça. Quando o teu amor não é recíproco. Quando tu deitas a cabeça no travesseiro todo dia imaginando ela vindo ao teu encontro numa praia deserta, enquanto ela sonha com compras. Quando tu te pegas vendo um super moletom da mormaii na vitrine, e te lembras que ele adoraria, mas pera aí, ele quem? teu namorado nunca pisou em uma prancha e odeia modinhas.
Complicado. Eu diria cruel. E aí as pessoas se conformam, ah se não dá pra ter aquilo que eu quero vou namorar quem me quer! Puta idiotice. Auto enganação das maiores, ilusão com pré determinação ao fracasso.
O que faz alguém ter medo de realmente buscar quem ama? Medo de ser ridículo? Medo de não dar certo e ter que juntar os pedaços? Poupe-me mas o felizes para sempre só ocorre em contos de fadas, na vida real é felizes segundas terças e sextas e quebrando o pau nas quartas e nos domingos. É assim que o amor é. Não é perfeito. Não é fácil. Não tem hora pra chegar, e como diz um certo alguém: Não tem hora pra ir embora!
Mas desde quando isso foi desculpa pra alguem deixar de tentar?
Se tua mãe te dizia pra não subir na goiabeira porque tu poderias cair, tu davas bola? Pelo contrário, subia, plantava macaquinho lá em cima, ficava de cabeça pra baixo, e se caisse ainda mostrava a casquinha todo orgulhoso pros amigos e dizia: Caí do pé de goiaba lá em casa, subi até em cima!
Ah, pra isso inventaram o merthiolate, a água oxigenada (quem nao adorava ficar olhando o machucado ferver), o esparadrapó, e todos os artefatos usados em curativos.
Agora levanta a bunda do sofá e se tiver surdo(a) coloca um aparelho de audição no coração e escuta. Mas pelo amor de Deus, ESCUTA!
Já ouviu alguém dizer que do chão tu não passas? Pois é, não passas mesmo.
Não direi mais nenhuma palavra. Surdez de coração me irrita. E como!
Medos foram feitos para serem enfrentandos!

domingo, 30 de agosto de 2009

Internet

Até entendo que a internet queira modernizar os relacionamentos. Entendo também que toda essa modernidade mudou a forma da gente conhecer novas pessoas e de se relacionar com as que já conhecemos. É lindo. Com um clique, você acha o cara dos seus sonhos, com um clique você arruma um namorado, com um clique você bloqueia malas, ex-namorados e inconvenientes. Tudo muito prático e sem dor de cabeça. Tudo num clique. Ninguém mais precisa dar fora em ninguém, ficar se justificando ou arrumando desculpa pra sumir da vida de ninguém. Nem pra aparecer nela.A pergunta “Você tem MSN?” não é uma frase tão inocente quanto possa parecer. É muito mais moderna do que a antiga “me dá seu telefone?”. A sentença “Me dá seu MSN” é quase uma sentença jurídica a ser cumprida. É um passaporte velado pra vida da outra pessoa. É um “vamos manter contato” ou “a gente pode se falar sem que sua namorada fique sabendo” ou ainda “a gente não se pegou ainda, mas a gente vai se falando que uma hora rola”. Pra alegria dos solteiros e pra infelicidade dos comprometidos.E o tal do Orkut?! Gente! Me explica esses caras que mal falam com você na rua e, no orkut, vêm todo íntimo oooooooooi, lindaaaaaaaaaa. Como assim, cara-pálida??? De onde surgiu essa pseudo-intimidade? No orkut todos são suuuuuuuuuuuuuper amigos de balada, todos têm fotos de viagens inesquecíveis pra Europa ou pra Matão, todo mundo ama todo mundo pra sempre (até que o orkut os separe e a pessoa deleta o perfil e depois volta como se nada tivesse acontecido com o status de: solteiro).Quer saber?! Acredito que a internet um dia vai encher nosso saco. E acho que não demora muito, não. Eu já ando de saco cheio desse faz-de-conta. Dessa realidade virtual nada parecida com a real. Da pseudo-liberdade, pseudo-intimidade, pseudo-realidade. Na vida real, tenho certeza que a namorada dos caras que xavecam as moças no MSN iam ficar putas da vida. Na vida real, as pessoas que você mal cumprimenta não têm tanta liberdade assim pra te chamar de linda. Na vida real, as pessoas comuns não se falam todo-dia-toda-hora. Na vida real, as pessoas nem são tão bonitas assim quanto suas fotos photoshopadas de orkut e MSN. Na real, prefiro a vida real.É muito lindo namorar pela internet, conhecer gente nova e bater-papo com os amigos. Mas ainda não será dessa vez que a vida de carne e osso vai ser deixada de lado. Nada substitui o toque, o cheiro, a pele. Nada como o futebol com os amigos, o calor, o suor e a cerveja gelada. Nada como andar de moto sentindo a liberdade batendo na cara. Nada como sentir o abraço, a respiração, e olhar nos olhos de quem a gente ama. Nada como bater perna no shopping com as amigas sábado à tarde, ver o pôr-do-sol na praia e amanhecer na rua depois de uma balada daquelas. Nada como o gosto da sobremesa e do beijo. Nada como assistir tv com o namorado domingo à noite debaixo do edredom. Nada como um lanche despretensioso no meio da tarde pra bater papo sem ter que digitar. Nada como o tom da voz pra dizer que ama. Nada como viajar pra praia e lembrar que existe vida após a internet. Nada como desligar o computador no final do dia e cair na real. Nada como a vida real. Tudo por uma vida mais real.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O GRANDE ACONTECIMENTO

A gente está sempre esperando um grande acontecimento pra ser feliz. Faltam 29 dias pra num sei o que... faltam 16 dias pro meu carro novo chegar... faltam 28 dias pra eu chegar ao peso que eu quero... faltam seis dias praquela festa... faltam num sei quantos dias pro ano novo. Que porra é essa? Por que é que a gente tá sempre esperando algo de muuuuuuuuuito importante acontecer na nossa vida e nada muda depois do graaaaaaaaaaaande acontecimento? Ninguém sabe. O que a gente sabe é que vivemos sempre esperando um grande acontecimento e nada acontece depois dele. Haja vista que, logo no dia seguinte, começamos a aguardar ansiosos pelo próximo evento. E quando é que vamos ser felizes de fato?Estamos sempre esperando pela viagem da nossa vida, pelo reveillon da nossa vida, pelo carnaval da nossa vida, pela festa da nossa vida, pelo show da nossa vida, quando, na verdade, nossa vida acontece é entre um final de semana e outro, entre umas férias e outras, entre uma festa e outra. Essa espera do que vem pela frente só cria a ilusão de que a gente tem alguma coisa pra esperar. Algo de muuuuuuito importante está pra acontecer e precisamos estar aqui pra viver isso. E a gente vai vivendo enquanto isso. Vai levando a vida naquele emprego que a gente não gosta. Ficando com aquele ficante mais ou menos. Namorando com aquele carinha que já encheu o saco. Morando naquela cidade onde nada mais te surpreende. Freqüentando os mesmos lugares com as mesmas pessoas e os mesmos prazeres repetidos. Será que a gente tem mesmo que viver nessa sensação de que a gente está sempre na fila?Sei que esse papo é muito antigo. Mas tão antigo quanto esse papo é essa espera infinita de uma coisa que nunca chega. O que é isso que criaram na cabeça da gente? Você só vai ser feliz se tiver 1,78m e pesar 50kg. Se sua bunda não tiver nem uma sombra de celulite. Se seu cabelo não tiver um fio fora do lugar. Se sua calça for Osklen e seu tênis, Nike. Se você tiver o carro do ano. Se sua internet tiver uma conexão de um milhão de mega bytes. Se seu celular for o último lançamento do mercado (daquele modelo que filma, tira foto, vira cambalhota e dá tchau quando o ladrão te rouba). Se você fizer a dieta da nova loira-burra do momento. Se você só comer alface (orgânico, claro). Se seu corpo for igual ao daquela arreganhada na capa da Playboy (com Photoshop até lá onde vocês estão imaginando). Ou se você estiver pegando a boazuda do momento. Ah, me poupem!Por que é que ninguém fala do que realmente dá prazer na vida? Não contaram pra gente que beijo na boca é melhor do que MC Donald’s. Que a comida feita por quem a gente gosta é melhor do que qualquer fast food. Que estar com quem a gente ama é melhor do que fazer compras no shopping. Que festa com os amigos é melhor do que aquela multidão na feijoada famosa da cidade. Ninguém conta pra gente que o que a gente come com prazer não engorda. Ninguém conta pra gente que homem não gosta de mulher-esqueleto. Que mulher não gosta de homem-bomba. Ninguém me contou nada disso. Ninguém vai te contar.Não adianta pensar que sua vida vai mudar porque você passou o reveillon de preto ou de branco ou sem roupa. Dormindo ou acordado. Na sua casa ou em Paris. Óoooobvio que eu queria passar o reveillon em Paris. Óoooobvio que eu quero ter o corpo da Cicarelli e o carro do ano. Óooobvio. Mas é óoooobvio que eu não vou viver em função disso. Eu só não agüento mais ter amigas infelizes porque não têm dinheiro pra festa tal. Que não vão à praia porque não têm o corpo de não sei quem. Ou frustradas porque não estavam numa suuuuuper festa quando o ano aumentou um dígito. Qual é?! Vamos curtir o sol, vamos ao cinema, vamos comer muita pizza. Vamos comer chocolate sem culpa. Vamos colocar biquíni e nos sentir a Gisele Bündchen. Vamos trabalhar naquilo que nos dá prazer. Vamos viver todo dia sem esperar que a vida aconteça no final de semana ou no carnaval. Nossa vida tá acontecendo agora. E todo dia deveria ser uma festa pra comemorar esse grande acontecimento.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Papai noel existe. Homens verdadeiros? Daí eu já não sei!

Não que eu seja uma cidadã vivida. Pelo contrário. Minhas experiências não resultaram em aprendizado nenhum. Continuo entrando em roubadas. Me dando mal em finais infelizes. Escolhendo os homens errados (quando eu bem sei quais são os certos, mas finjo não saber). Trocando o mocinho pelo bandido. Fazendo grandes investimentos em pequenas pessoas. Sei que isso acontece com todo mundo. Mas acho que comigo já deu. Sou pouco tolerante.Tolero falta de grana. Tolero desemprego. Tolero ciúme. Tolero chatice. Tolero amigos chatos. Tolero futebol 57 vezes por semana. Tolero boteco com os amigos. Tolero amigas bonitas e peitudas. Tolero até homem bêbado. Mas certas coisas não descem mesmo. Não tolero falta de caráter. Não tolero mentira. Não tolero enrolação. Não tolero conversa pra boi dormir. Por um único motivo: detesto me sentir feita de idiota.Nunca me iludi com palavras bonitas. Com frases bem formuladas. Com presentes bacanas. Com caras que pareciam bacanas. Sou pé-no-chão. Nunca me vendi pra carinhas que abrem a porta do carro e fecham a cara quando você pede a verdade. Nunca troquei minha companhia pela conta do restaurante. Nunca acreditei em pessoas que falam bonito. Nunca aceitei champanhe de estranho. Nunca precisei disso. Nunca precisei de um namorado pra me auto-afirmar. Pelo contrário. Vivo bem comigo mesma. Por isso quando estou solteira, também sou feliz comigo mesma. Namorar pra ter dor de cabeça não é pra mim.Não gosto de dar conselhos. Não gosto quando as pessoas tentam se meter na minha vida com soluções mágicas. Acredito mesmo que a gente só aprende – ou não – dando cabeçadas na vida. Que a gente só aprende com as próprias experiências. Acredito também que quanto mais a gente vive, menos tolerante se torna. Acredito que as atitudes contam muito mais do que as palavras. Acredito que cidadãos que bancam os bons moços têm muito mais chances de te decepcionar. Acredito que mentira tem perna curta, como dizia minha avó. Acredito que a gente deve conhecer uma pessoa antes de se apaixonar (e não o contrário). Acredito que tudo que vem rápido demais vai embora com a mesma velocidade. Acredito que a gente só tem uma chance na vida de fazer uma grande merda. Acredito que perder a confiança é como quebrar um vaso: você pode até conseguir colar, mas vai ser sempre um vaso colado. Acredito em duendes, gnomos e em papai-noel. Mas não acredito nos homens. Eu tento. Mas ó pézinho tá sempre no chão. Isso não quer dizer que eu não acredite no amor. Eu acredito, e muito! Mas pra ele acontecer é preciso dois, não um e meio, ou um. Se você entrar em uma relação sem respostas, pode acabar recebendo aquela que menos gostaria.

domingo, 23 de agosto de 2009

Vai dar palpite em outra freguesia...

Eu sei que não sou um exemplo de bom comportamento nem tenho no currículo uma coleção de finais felizes. Eu sei que eu meto os pés pelas mãos na maioria das vezes. Eu sei que quando se trata de relacionamento, eu tenho ciúme, eu sou insegura, eu faço cena. Eu sei de tudo isso e, acredite, eu tento melhorar (apesar de não estar funcionando ainda!). Mas o que eu mais sei é que a gente só aprende dando cabeçada por aí.
Então por que é que as pessoas se acham capacitadas em dar palpites na vida das outras? Alguém me explica? Alguém me explica porque é que aquela amiga que nenhum homem suporta ela por mais de quinze dias pensa que sabe o que é melhor pro seu namoro? Ou por que aquela pessoa que já foi infiel nos seus relacionamentos quer te convencer de que existe fidelidade? Por que a gente sempre tem a fórmula mágica pra vida dos outros? Por que alguém sempre sabe nos dizer exatamente o que fazer, mas nunca faz nada direito? Faça o que eu digo, não faça o que eu faço? É isso?Você ta fazendo errado! Isso não ta certo! Não pode ser assim! Faça de tal jeito! Espera aí. Quem perguntou? Isso mesmo. Ninguém perguntou. É só um hábito irritante que as pessoas – em especial as mulheres – têm. Ninguém ta pedindo conselho ou colocando a vida aberta para debate. A gente não está interessado em fazer como a melhor amiga faz só porque a experiência dela deu certo. Se fosse assim, a gente ouvia conselho de mãe, de vó, de tia velha e casava virgem, não é?! Não. A gente faz o que a nossa cabeça manda e não o que as pessoas nos dizem. A gente quebra a cara. Sofre. Leva pé-na-bunda. Se decepciona com todo tipo de gente. Mas no final, a gente aprende alguma coisa que não aprenderia se tivesse feito tudo certo.Tudo certo demais me cansa. Muito Pollyanna pro meu gosto (aliás, que moral tem alguém cujo nome repete doze vezes a mesma letra e usa y no lugar da letra i pra parecer sofisticado?). Que graça tem alguém que machuca o dedo e não grita um palavrão? Que graça teria se a gente conseguisse tudo que quer? Se fizesse tudo conforme o manual. Se só abrisse o presente de Natal depois da meia-noite. Se tudo saísse conforme planejado. Se a gente não tivesse ciúme. Se a gente soubesse exatamente como fazer tudo. Ou se tivesse alguém pra nos dizer sempre como fazer. Não teria graça nenhuma.Não haveria inspiração pras duplas sertanejas, pros noticiários, pros blogueiros, pra Sônia Abrão ou pra Márcia Goldsmith. Não haveria dor ou poesia. Os dias chuvosos não fariam o menor sentido. O mundo não teria graça se tudo fosse perfeito e se todo mundo tivesse a resposta pro problema alheio antes mesmo do alheio ensaiar querer um conselho. Por isso, detesto que alguém dê palpite na minha vida. Deixe que eu caminhe com minhas próprias pernas curtas dando meus passos pequenos. Um de cada vez. Deixe que eu caia, levante e comece de novo se precisar. Mas, por favor, me deixe fazer sozinha. Do meu jeito errado. Se eu vou me machucar mais do que aprender alguma lição, deixe que eu descubra no final. E, no final, se der tudo errado, quero ver quem vai voltar pra ficar do meu lado.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Hoje não!

Tem dias que dá preguiça mesmo de viver. A gente olha pra própria vidinha mais ou menos e se pergunta: o que, diabos, eu estou fazendo aqui? A resposta, a gente não consegue dar. Mas tem dias que simplesmente não dá. Não dá pra acreditar no futuro, no presente e desconfiamos até mesmo do passado. Tem horas que a gente parece estar no meio de um pesadelo (ou no meio de um sonho bom que nunca vai se realizar). Tem dias que não dá pra acreditar que a Xuxa usa hidratante Monange, que a Gisele Bündchen usa Pantene e que a Carolina Dieckmann tem dentes sensíveis. Chega uma hora que a realidade te espreme num canto, te dá um tapa na cara e te pergunta: o que é que você está fazendo aqui?Não sei. Não sabemos. Procuramos pistas na ciência, na fé e na religião. Criamos Deus e deuses pra explicar o inexplicável. Buscamos pistas de que estamos no caminho certo ou, pelo menos, no melhor caminho. Acreditamos nos sinais, no destino e na contradição deles. Entendemos um pé-na-bunda como um sinal de que era pra ser assim. Entendemos um re-encontro como um plano traçado pelo destino. E assim vamos mexendo as peças de um jogo louco e sem explicação.Aonde queremos chegar fazendo o que fazemos, sendo quem somos, acreditando no que acreditamos? E, afinal, quem somos? Em que acreditamos, se não acreditamos em nós mesmos? Desconstruímos sonhos ou os arremessamos ao acaso. Desacreditamos da sorte, do acaso ou do destino. Despedaçamos nossa auto-estima, nossa confiança na própria fé. Insultamos Deus e o diabo.E assim, seguimos à própria sorte. Mandamos e desmandamos na nossa vida. A vida manda e desmanda na nossa sorte. Procuramos refúgio nos nossos vícios ocultos, ainda que esses vícios sejam academia e solidão. Fugimos do mundo pra fugir de nós mesmos. Fugimos de nós mesmos para fugir do mundo. Tem dias que simplesmente não dá. Não dá pra rir de piada sem graça, não dá pra agüentar a chatice alheia (já basta a nossa própria), não dá pra gostar de comer rúcula (quem inventou essa porra?). Chamem de TPM, de crise existencial ou o diabo. Tem dias que só uma enorme barra de chocolte com ovomaltine te entende. Desculpa, mas tem dias que não dá pra brincar de faz-de-conta. Não posso. Hoje, não.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

Gira gira gira

...O mundo gira filho da puta...ah! e como gira!
Há alguns anos atrás eu era completamente apaixonada por um menino que estudava no mesmo colégio que eu. Acho que fazem uns 11, 12 anos isso.
Eu era a encarnação da feiúra em pessoa. Mais alta que as demais meninas, muito magra ( e quando eu digo muito é estilo by somália mesmo), aparelho, óculos...enfim a visão do inferno.
O guri não só nõ me dava a mínima, como ainda judiava horrrooooooores da situação. Mandava figurinhas de bala, ficava falando coisinhas pra me deixar tímida. Enfim, um graaaaannnde retardado.
Enfim que se passaram todos esses anos, e lá estou eu esperando pra assistir uma aula na facul, quando eu vi o mesmo indivíduo entrar na sala.
O primeiro pensamento foi: "Jeeeeeeeeeeeeeeeeesus...baixinho...feinho..manezinho...e malinha"
ai o sonoro O MUNDO GIRA FILHO DA PUTA logo veio na minha cabeça.
Ele sentou do outro lado, e começou a olhar, olhar, olhar, criou coragem se levantou e veio:
-Oi, Cátia? ÉS TU?
-Sim sim, sou eu!
-Tu não lembras de mim nao? O Alex, da época da escola militar?

E Alguns anos depois eis que a vingança surge (loira, linda, encho a boca e...)

- Alex? Desculpa não lembro nao!
(querendo rir por dentro)
- sério? me formei um ano antes do que tu, pegávamos ônibus juntos!
-Ah ta, ta, "acho" que sei quem é. Podes me dar licença? vou tomar água!
-Vái lá, tu mudou, tais linda heim!


CHUUUUUUPA ESSA MANGA FILHO DA PUUUUUUUUTA!


Cátia Raulino, desbocada, mal educada, porém de alma lavada!

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Fluir

Eu resolvi dar o braço a torcer. Eu, o ser humano mais teimoso da face da terra, resolvi simplesmente aceitar as coisas como são, e desejar apenas que elas continuem assim.
Eu fiz o teste, e digamos que o resultado foi bem interessante.
Foi divertido (eu sou mesmo cruel) ver as coisas pelo outro lado da moeda. Ver que não é só em mim que as coisas doem, e acima de tudo ver que eu não estou sozinha nessa!!!
Foi libertador ver as máscaras de auto-suficiência serem derrubadas e as armaduras que sempre me pareceram tão difíceis de serem transpostas se demonstraram ser muito mais finas e frágeis do que eu imaginava.
Causa e consequencia, agora eu estou pronta pra deixar tudo fluir.
Amarrei minhas expectativas e coloquei-as todas juntas num saquinho e guardei, só eu sei da sua existencia agora, e isso causa muito menos desconforto aos outros.
Descobri que tudo era muito mais fácil do que eu imaginava. Percebi que assim como na IN-TER-DE-PEN-DEN-CIA o I e o A não se separam aqui. Os pólos não são opostos, e eu sou sim razão quando acho que é pláusível pra mim.
Não creias que me conheces bem, não guarde cuntigo as tuas certezas, pois elas também me guiam. Não espere de mim nada pré-conceituado. Podes guardar cuntigo aquilo que tens medo de me mostrar, mas isso não significa que eu não saiba exatamente o que é que tu escondes aí...
Deixa fluir, as certezas agora são todas minhas, os sorrisos são todos meus... e enquanto isso, eu faço de conta que tu não sabes aquilo que estás fazendo, mas agora EU sei e tá vendo? Isso já me basta!
Incrível como eu passei a precisar de muito pouco pra ser feliz.
Vai ser seja o amadurecimento!

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

...

Eu tenho desejado imensamente algo de uma dificuldade muito maior do que qualquer outra coisa que eu passei.É o desejo desenfreado por algo que eu não posso palpar, por algo que eu não posso controlar, manipular, suplicar,e quem vem me deixando diferente. A sensação de ter as mãos atadas, de ter que se contentar em deixar a vida mostar o caminho.
Estou tão estranha que nem ao menos sei o que sinto me sentindo assim. Assim normal.Eu estou longe de ser o que sempre fui. No entanto ainda percebe-se a permanência dos tradicionais dilemas. Logo, nem toda essência foi perdida.
Agora eu consigo trabalhar com a idéia de que as "coisas" podem e talvez até devam ter o seu tempo determinado. E que EU sim, preciso viver feliz pra sempre, até que a morte ME separe.
Os meus 365 dias que se passam deixando as mais visíveis marcas de aprendizado.

Em silêncio então, eu agradeço, mesmo o turbilhão!

Bom final de semana gente!

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Pra onde tenha sol...

Ei, você aí, para de seguir as opiniões alheias! Para de buscar a perfeição, a estrelinha no caderno, o amor de novela das oito (AREBABA), um trabalho que pague bem e não canse, amigos que não sejam reais, não tenham problemas, não te abandonem de vez em sempre. Para de reclamar que sua família só tem loucos (como qualquer uma), que sobrou mes e faltou salário, que estamos no inverno, que tu engordastes um quilo.
Eu não consigo ao menos contar nos dedos quantas vezes ao dia, eu escuto: "Cah, queria estar sempre pra cima como você!, queria viver sorrindo como você! Menina será que você também chora?..." Pois bem. Eu sou um ser humano como qualquer outro. Que se apaixona e quebra a cara, que se decepciona com os amigos de vez em quando, com a família, com a vida, com a fome no mundo ou com as ações em baixa. A diferença é, ninguem precisa saber disso! Acreditem, a maioria das pessoas aplaude de pé quando sabe que a gente tá na merda! Até os considerados amigos, muitas vezes grandes vampiros enrrustidos, tentando sugar um pouco mais da gente.
Eu choro, eu me desespero, eu ja pensei em sumir, em desistir, enfim uma pessoa absolutamente normal né? O que muda, é que hoje eu sei que meus problemas são mínimos. Que o fato de faltar iogurte com fibras na geladeira porque tomei o ultimo ontem, não faz frente ás pessoas que estão há dias sem comer. O fato de eu ter engordado um quilo e uma super calça não entrar, não faz frente ao frio que muita gente passa nas noites de inverno. E eu não tô sendo politicamente correta não, quem me conhece sabe que eu vivo de sorrisos, de alto astral.
Isso não signifique que eu seja diferente.
Hoje eu exijo muito menos, de mim, dos outros, da vida. Parei de pôr a culpa em quem aparecesse primeiro e redirecionei ela ás minhas próprias escolhas. Hoje eu assumo os riscos. Saio sem guarda chuva na tempestade, sabendo do resfriado, pelo simples prazer de sentir a agua batendo no rosto.
Voltas e voltas. pra dizer pra vocês, que a simplicidade ainda não conseguiu nenhuma concorrente á sua altura. Exigência demais, traz câncer, rugas, tira o sono, e no final muitas vezes não é gratificante quanto a gente imaginava quando chegamos ao topo.
E você, precisa do que pra ser feliz?
Pra mim roda gigante, abraço de pai e mãe, uma cerveja gelada, um buteco qualquer, bons amigos, histórias de vida....não troco a simplicidade por nada nesse mundo, talvez seja por isso o sorriso, talvez seja por isso o agradecimento constante ou as orações diárias.
Em silêncio, eu agredeço, mordo a língua e repito: Levanta a bunda do sofá e vai ser feliz. Nada é perfeito, ninguem é perfeito, planajeamentos tambpem dão errado. Segue teu coração! Ou vais ficar em casa vendo lavagem de roupa suja na Márcia?
Vai! Não deixa idéias que não sejam as tuas guiarem a tua vida! Não espere muito tempo pra quebrar essa redoma!
Eu fui...e não tenho a menor pretensão de voltar atrás, á quem interessar ser feliz, siga-me!

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Incrível..


Até houve algumas tentativas de minha parte. Faltam números para falar de todas as vezes em que engoli em seco os desaforos e atos que um dia desaprovei. Eu vi minha personalidade, um de meus únicos troféus, virar pó.E eu tenho certeza de que todas as culpas são minhas. Eu não quis desistir. Não aceitei a ideía de meio castelo ser desperdiçado.
Eu acreditei em mudanças que, infelizmente não dependiam de mim. Eu acreditei em utopias, porque um dia eu li por aí em uma frase de E. Galeano que são elas que nos fazem caminhar.
Eu achei que talvez tu pudestes caminhar comigo. Acreditei nessa teoria e pisei fundo nela, e tem dias que eu acredito estar me saindo muito bem. Tem dias que tento me mover dentro desse novo molde criado pra mim, e percebo que já nao há espaço suficiente aqui dentro.
Fui eu quem resolveu tirar a armadura e novamente dar cara, coração e corpo á tapa. Tú jamais me fizestes grandes promessas, ou acenasses com a possibilidade de o castelo ser construído por inteiro. Entendes agora porque eu falo em utopias? Em sonhos minimalistas?? Em dar sem receber ou esperar nada em troca?
Eu queria realmente ser aquele tipo de pessoa despojada que só vê o hoje. Que não liga pro que faz com seu tempo, que não vê problemas em deixar de lado seus ideais por causas maiores. Não! Eu não sou assim! Lá no fundo eu sou aquela pessoa egoísta que te quer só pra mim! Que não quer te dividir com teus amigos, com tuas coisas, com teus sonhos, porque acende a luzinha da certeza que me faltará espaço. E eu sou espaçosa! Definitivamente muito espaçosa. O tipo de mulher que gosta de ser notada, e eu não estou falando em termos de atributos físicos. O tipo de mulher que gosta de sacudir o mundo alheio, e te deixar jogando palitinhos com aquilo que tu acreditas e aquilo que tu queres.
Fui só eu quem aceitou a condição de não ser a tua prioridade. Por menos avisos que tiveram pregados em paredes, você me deixou pistas desde o início de se seria assim. Você em seu mundo. Eu com minha fantasia de que tudo poderia mudar.
Hoje eu entendo com muita clareza algo que me disseram tempos atrás. Hoje eu entendo e vivencio muito mais o tal "carpe diem".
Hoje eu aproveito cada segundo ao teu lado, como se fosse o último. Tem dias que eu chego a acreditar que sejam os últimos. E seria cômico se não fosse trágico, mas nessa situação somente quem se atrapalhou fui eu.
E assim como me enganei com certas coisas, com a mudança e com um segundo tempo, lamento, tu também te enganastes
Errou se achou que eu nao era forte e um ser admirável.
Eu não sei perder. Então, eu ainda não desisti de você!
Deixa disso, vai.Pare com essa reação costumeira pós-decepção.Faça assim, preserve as boas marcas e elimine as amarguras.Deixe que os momentos, sejam eles curtos ou não, te envolvam ...Eu vou me apaixonar, vou amar, vou quebrar a cara, vou chorar sobre o travesseiro e falar que os homensnão prestam.Eu te quero comigo, mas a vida segue se eu não for capaz de te despertar o amor.Eu vou acordar e me arrepender de toda a cena.Eu quero criar personagens só para mim. Quero te ver do meu lado.Escrever belas histórias e não fazer o final que esperas. Eu quero te surpreender. Não espere nada de mim, espere sim, tudo.Espere para o almoço. Não me faça esperar demais, principalmente quando fizer frio. Crie muitos feriados. Crie nosso destino. Me cure outra vez. Seja mágico de novo.Só acabe por me fazer parecer tão louca outra vez.Aceite como desafio ou aceite para sempre em tua vida.Eu pelo menos já cansei de brigar com Murphy.Desde de quando os acontecimentos da minha vida foram comuns?Não é de hoje e nem deixo pra amanhã.Se algo nessa vida tem chances comigo, esse algo é a felicidade.Eu topo o desafio! Incrível...

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Help...


O Post de hoje, é pra pedir ajuda oaaauahoahaoahauhaoauhaoaho.


Seguinte gente, eu ganhei um bonsai de aniverssário em junho. Coloquei um nome (Juliete).Daí a sabichona aqui procurou no google como se cuida e mandou ver. Só que alguma coisa deve estar saindo errada. Ou pode ser apenas o frio da região onde eu moro. Então o pedido é DICAS PEOPLE, DICAS.


Quem já teve, ou conhece alguém que tenha, HELP ME!


Mal cuido de mim direito, aí já viram né. Se dependesse de mim, jogava uma skolzinha no vasinho, colocava a planta no sol, e vai ser feliz amiga! haoahoaiahaou....


Brincadeiras a parte, os sites dizem coisas muito distintas, então se alguém puder ajudar, eu agradeço muito.


Beijokas!



segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Lanterninha

Alguém já descobriu dificuldade maior do que se conhecer? Acho que todo mundo se pega diáriamente fazendo coisas que não agradam a si próprios, pra ver as outras pessoas contentes.
E aí quando surge a velha pergunta..e você.. do que é que você gosta? E você, o que é que te faz feliz? A gente se percebe descrevendo coisas que acaba acostumando a fazer na busca da felicidade do outro.
Da mesma forma quando o tema é falar sobre as nossas caracteristicas. Achar um defeito, qualidades, é sim uma tarefa difícil. Geralmente as qualidades e defeitos que vem a nossa mente são aquelas que escutamos dos outros a respeito de nós também.
Mas afinal de contas, e quem é que gosta de colocar a lanterninha naqueles cantinhos escuros que existem na gente? Iluminar aquele probleminha, aquele defeitinho, aquela velha mágoa, que a gente guardou num cantinho e nem lembrava que estava lá?. Pode não lembrar mas tudo isso fica impregnado em várias das nossas atitudes, nas nossas palavras, no nosso dia a dia.
Pegar todos os nós que estão guardados nesses cantinhos, iluminá-los e começar a desatar não é tarefa fácil. Exige sim muita maturidade, pois ao se puxar o fio, muita coisa que há muito tempo não era mechida reaparece.
Difícil porém essencial.
O não mecher nesses pontos escuros faz com que sejamos pessoas pautadas pelos extremos. E agindo dessa forma, nada termina bem. As colocações saem atropeladas pelas mágoas quando chega em um ponto máximo em que já não consegue se lidar com elas, os estouros acabam atingindo as pessoas erradas, ou a gente continua guardando, mascarando uma aceitação que pode nos fazer parecer pessoas legais, mas nao faz feliz a nós mesmos.
E qual o meio termo então? é analisar cada cantinho escuro desses, e ver o que guardamos lá. Dar uma mechida, reorganizar aos poucos. Feito guarda roupa em época de troca de estação, jogando fora aquilo que já não serve. E não! Nada de achar que você pode usar no ano seguinte.
A pior coisa que alguém pode fazer consigo mesmo, é deixar acumular essas sensações, esses descontentamentos, essas mágoas, pois não haverá controle algum quando elas quizerem sair.
Olhar pra si é difícil. Reconhecer o nó é difícil, mas é essencial para que se possa desatar, ou ao menos tentar.
Que tal olhar pra si, com o mesmo carinho, com o mesmo cuidado que devotamos ao outro? Que tal ter medo de magoar a si, tanto quanto temos medo de magoar ao outro? Que tal ser fiel aos nosso princípios e vontades e aprender a dizer não sem culpa?
Que tal se colocar em primeiro lugar de vez em quando???? Afinal, cade você????

Aviso...

O post de hoje, é só pra deixar claro que, quando publico algum texto que acho bacana e que não é meu eu coloco os devidos creditos. É só prestar atenção ao final dos textos.


E avisar pra Tânia sei lá quem seja que, se ela encontrar o texto banguelos que ela cita c0mo nao sendo meu na internet, que ela me cole o link porque eu devo ser a mãe diná.

Era só o que me faltava mesmo...

Beijos e boa segunda.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

BANGUELOS

Eu desejo que todas as pessoas falsas e sem caráter percam seus dentes.
Ficaria mais fácil concordam? Evitaria tanto sofrimento! Ah e como!
Você conheceria uma mulher linda, mas quando ela lhe desse um sorriso... você daria meia e volta e adiôs querida! Sem dentes, mal sinal!
Você marcaria um encontro com aquele carinha atencioso que conheceu no msn, e que escuta todas as suas lamentações, e ai bummmmmm..chegaria lá e perceberia que lhe faltam os dentes! Querido, com licença, uma emergência preciso ir embora!

Nossa, seria tão mais simples se tais falhas fossem fácilmente identificáveis! Quanta lágrima não precisaria ser derrubada. Quanta confiança não precisaria ser atirada na lata do lixo.

Ás vezes eu esqueço que não vivo em Oz, e que definitivamente certas coisas são apenas fruto da minha imaginação. Esse tipo de gente geralmente tem os dentes até mais bonitos, que é pra chamarem atenção, e terem aquele sorriso que envolve, confunde, engana.

Imaginem o senado pro exemplo! Dentro dessa minha teoria só haveriam senadores banguelos! Nossa! Quanta viagem Cátia, fica quieta.
Por mais que esses sinais fossem bem vindos, eles realmente nao existem. Portanto, pézinho atrás sempre ajuda a evitar que a queda seja de muito alto.

Nem por isso vamos deixar de arrsicar né? Tentar viver de forma mais intensa. Porque eu aprendi, a duras penas, que por mais que as quedas sejam doloridas, e deixem marcas profundas, recomeçar é uma arte, e se reerguer...FAZ PARTE!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Máscaras

Guarde bem as primeiras impressões, mas considere somente as últimas. O ser humano tem uma capacidade incrível de confundir. Por experiência própria, não crie pré-conceitos, a não ser que sejam eles muitos, a não ser que alguns sejam antagônicos.Entenda, ou apenas engula, se amanhã teu melhor amigo pegar aquela vaga de emprego que tu tanto querias.Seleção natural como justificativa!E por favor, não sejas hipócrita! Farias o mesmo. Farias isso e um convite cara-de-pau para um chopinho de comemoração após o expediente.Só sobrevivem os mais fortes, ora essa.Abominamos o egoísmo mas ele ferve, carregamos ele por natureza.Agora, aprenda a duvidar não só dos inimigos. Deixe que eles também te ensinem.Esqueça a velha história do sexto sentido.Seja sutil.Mantenha a máscara alinhada.1,2,3 e já, esqueça tudo que foi dito. Seja uma boa pessoa e lembre-se das aulas de Ensino Religioso que te foram dadas(?): Ame o próximo como a ti mesmo.Tá, amanhã então.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Papel...

Eu nunca precisei de muita inspiração pra escrever, mas hoje acordei me sentindo feito uma folha em branco. Folha em que alguém escreveu, escreveu, escreveu, e ao final descobriu estar escrevendo sobre o tema errado, a apagou tudo.
Uma folha branca, mas com visíveis marcas daquilo que foi escrito anteriormente.
Sabe quando mesmo após a gente passar a borracha, as marcas das letrinhas ou rabiscos ficam impressas na folha?Sim. Nós também somos assim. Folhas em branco em constante preenchimento, ou, tentando apagar os rabiscos.
Há quem escreva seus rabiscos de maneira torta, há quem opte por gráficos e previsões altamente organizadas, e há quem simplesmente deixe o "lápis" da vida ter vida própria e criar seus próprios traços.
Uma ajudinha de Murphy aqui, (ajudinha?) haha. Refazendo, uma atrapalhadinha de Murphy aqui, uma ajudinha do destino ali, e a gente vai se tornando cada vez mais marcado. Escrita em cima de escrita, e mesmo que aparentemente muitas vezes não pareça, a capacidade de apagar e escrever, é ilimitada. O espaço é ilimitado.
Há quem desenhe com muita força, e acabe rasgando pedaços ao tentar apagar, e nada jamais será igual. Faltará sempre aquele pequeno pedaço, e nenhuma nova letra ou rabisco conseguirá substituir o que ali foi escrito um dia.
Há quem escreva com tamanha sutiliza, que após apagar, não há qualquer sinal ou marca do que um dia encontrava-se ali.
Hoje eu sou uma folha branca. Com um lápis na mão. Reiniciando uma nova escrita. Mas as minhas marcas são visíveis, e mesmo que eu escreva coisas lindas, elas continuarão sempre lá.
Não tenho medo de escrever nada, não tenho medo do arrependimento, da marca, do rótulo, e acima de tudo não tenho preguiça ou desanimo se for necessário apagar tudo novamente.
Que tal escrever tudo em prosa? Poesia? Partituras?...Que tal fazer diferente mais uma vez?
ALGUÉM ME EMPRESTA CANETAS COLORIDAS?

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Crimes morais...

Alguém entra na sua casa, rouba suas coisas, agride você. Esse alguém cometeu, de uma só vez, vários crimes. Previstos em vários artigos da Constituição, e do Código Penal. Alguém entra na sua vida, rouba seu tempo, destrói sua confiança, agride sua auto-estima, estilhaça o pouco que resta da sua confiança no amor, ou nas pessoas. E sai ileso. Mas não seria esse o pior crime que alguém pode cometer contra outra pessoa? Agressão só é penalizada quando alguém encosta a mão em alguém? Como se pune quem causa uma ferida que não está exposta?Acredito que tomar uma surra de um boxeador deve doer menos do que ser traído. A dor física passa em algumas horas ou, em casos mais graves, alguns dias. Pra dor física, existe remédio. Pras feridas, existe curativo. Mas quem cura a dor de um coração destruído? Como se cura a dor de uma confiança perdida? O que fazer com as feridas cravadas na alma de alguém que sai na rua descrente do mundo? Como penalizar o agressor que, sem usar mãos, armas ou objetos cortantes e pontiagudos, causou ferimentos graves em alguém? Por que ninguém previu isso na lei?As pessoas lotam os consultórios psiquiátricos, se entorpecem de remédio pra ansiedade, remédio pra depressão, remédio pra pressão, remédio pra dormir, remédio pra acordar. Remédio pra viver. Pra fazer viver quem quer morrer. Remédio pro irremediável. Pra dor que não passa. Pra ferida que ninguém vê. Vãs tentativas de resolver o caos interno. As pessoas tentam remediar uma dor que parece que nunca vai ter fim, um sofrimento que vem de dentro. Bem fundo. Tão fundo que nenhum remédio ou substância tóxica é capaz de alcançar.Entendo perfeitamente crimes passionais. Entendo perfeitamente quando minha amiga diz que não consegue conversar mais com o ex-namorado porque ela tem vontade de bater nele. Entendo meu amigo que diz que preferia ver a namorada morta do que com outro. Sinceramente, entendo. Quando alguém te machuca, te decepciona, te magoa, a dor é tão grande que você quer agredir a pessoa de volta. Você se sente impotente. Enganado. Ferido. Frustrado. Dá vontade de matar. De morrer. De sumir. Seu mundo desaba bem na sua frente. Você sente que perdeu seu tempo, sua vida, sua auto-estima, suas forças. E qual a pena pro agressor nesse caso? Qual a pena pra alguém que entrou na sua vida, na sua casa, nos seus sonhos, nos seus planos e, num piscar de olhos, destruiu tudo como se tivesse esse direito?O que sempre falo com meus amigos (como se conselho valesse de alguma coisa) é que vingança não é remédio. Nem fazer justiça com as próprias mãos. Acredito que o tempo se encarrega disso. Acredito que pessoas que usam da confiança e boa vontade das outras nunca vão se dar bem na vida. Ou não vão ser felizes. Ou nunca vão conseguir amar de verdade. Ou não mereciam a gente. Ou que a gente deve agradecer por ter se livrado de um encosto. Ou sei lá o que. Nunca fui boa conselheira. Talvez essas sejam as formas da vida punir quem brinca com o coração dos outros. Não sei mesmo. Em todo caso, deseje o mal de volta pra pessoa. Não por vingança. Só pra ver se ela é forte como você...


Fernanda Mello

quinta-feira, 30 de julho de 2009

O hoje...

"Longe se vai, sonhando demais,
mais onde se chega assim??
Vou descobrir o que me faz feliz,
eu caçador de mim"
Milton Nascimento


Hoje eu me denomino hoje. Bem diferente de ontem, sem esperar com tanta ânsia o amanhã. Vou em pequenos passos. Provavelmente bem menores que a maioria dos de 1985. Há dias em que aqui só se empurra com a barriga, outros de revolução intensa. Como disse há poucos, o hoje, hoje sabe de quase nada e menos ainda de si. Perdeu um pouco da fé aparentemente inabalável, não casou e fraquejou em alguns dos seus valores. Conservou certos hábitos começando por aqueles que se referem aos poucos amigos. O hoje já aceita a mortalidade. Sentiu friamente que não é um ser intocável. Ainda crê no corpo fechado, adoece pouco, mas a vida andou mostrando que a tal mola precisa periodicamente ser lubrificada. Catalisou alguns dos seus sentidos nesse meio tempo. Enxerga perfeitamente bem, enxerga fundo, enxerga o que nem sempre deseja, mas continua mais surdo que uma porta. É mais direto que antigamente, já não trabalha mais tanto com entrelinhas. Vive de poucos amores e os animais ainda estão no topo dos que mais sensibilizam. A estrada continua sendo a válvula de escape perfeita e a saudade o vilão mais famoso. Perde o sono, perde o juízo, perde a chance de ficar quieto. O hoje simplesmente irrita quando a força do hábito fala mais alto e ele resolve entrar em crise com o tempo. Não quer crescer, quer colo, quer voltar pro Pré da Tia Lú e ver o cachorro confundir ela com o poste de novo.O hoje é um incógnita previsível. Com sobra de falta de paciência e bunda grande. Que não sabe não ser tudo que é mesmo não sabendo exatamente o que seria. Com ele Deus fez tudo certo. Em especial quando resolveu jogá-lo aqui na versão mulher. Sabia que não daria certo em outro molde já que não tem saco nenhum. Está em constante e interminável processo de adaptação ao mundo. Sem muita ambição de sucesso quanto ao mesmo.O hoje esses dias deu passos enormes em direção da normalidade. Daquilo que o mundo todo almeja. Um coração em paz, um trabalho que satisfaça e um bom lugar pra terminar um dia.Como disse ele está bem diferente de ontem, o que pra esse caso vem a ser, muito melhor.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Desabafo!

Eu tinha uma vida maravilhosa diga-se de passagem. Um bom namorado, um bom emprego, amigos bacanas, uma família unida, e alguns sonhos guardados na gaveta. Fui criada numa redoma de vidro, onde mulheres não se apaixonam até ter a vida profissional totalmente bem sucedida, onde pessoas mais velhas sabem o que é melhor pra sua vida, somente porque já viveram mais, e se não passaram por situações similares, não interessa, sabem mais. Meninas "de família" e que sabiam o que querer da vida, não iam á boates, não namoravam por aí, não usavam internet pra entrar em bates papos, mesmo que fossem pra bater papo com conhecidos.
Dentro da minha criação, mulheres não são frágeis, gostam de futebol, não são subestimadas, cozinham muitíssimo bem, mas são exautivamente incentivadas a cultura. Leêm mais, viajam mais, vão mais á teatros e cinemas, visitam museus, e convivem com pessoas mais velhas.
Jóia vocês devem estar pensando, ela foi criada como alguém que não condizia com sua idade! Confere!
Aí certo dia, eu resolvo dar minhas espiadinhas fora desse mundo e descubro que haviam milhões de possibilidades que eu não havia visto. Que eu preferia conversar com o porteiro e escutar suas histórias engraçadas, do que com um ótimo conhecedor de vinhos, com toda sua cultura. Decidi que meu coração optaria sempre pela simplicidade, e que meus sorrisos eram gerados por ela.
Cheia de certezas e convicções, eu fui sozinha viver nesse mundo aí fora, e descobri que eu não havia sido criado pra viver nele. Descobri que tanto faz pras pessoas se você é boa com elas, porque quando você realmente precisa, a grande maioria delas não está lá, e ouso dizer que algumas soltam fogos internamente quando sabem de suas fraquezas. Descobri pessoas que valorizam dinheiro, mas não conseguem entender o valor de uma vida, de um sorriso, de um sol, de um abraço sincero. Descobri pessoas que dizem eu te amo sem amar, que utilizam-se dos outros apenas como váulvula de escape e passagem de tempo, até encontrarem o que definitivamente procuram, ou até terem coragem de assumir terem realmente encontrado.
Tive que procurar no dicionário o sgnificado das palavras chantagem, vergonha, desrespeito, fome, medo, injustiça, decepção e acima de tudo mentira. E eu aderi a todas elas muito bem. Foi como se ao entrar de cabeça nesse novo mundo, eu houvesse vestido um novo par de óculos, e que me fazia enxergar o que eu jamais imaginei existir.
Lá foi-se a minha teoria de um mundo cor de rosa. Chorei, questionei, gritei...e passei muiuto tempo me indagando em busca de respostas.
Aí vem o tempo, e eu resolvo dar uma nova chance a tudo, sabendo que dessa vez, eu consigo viver de acordo com a realidade, até demais pro meu gosto. Mas eu descubro que por aqui nada mudou. Nada. Passaram-se anos e as pessoas continuam iguais. Os meus sonhos e as minhas opiniões continuam secundárias, afinal de contas eu só tenho 24 anos, o que eu sei da vida né? Os erros são perdoados da boca pra fora, pois são atirados em cima de mim toda a vez que se há uma brecha pra isso. E a dor é maior. O remorso é maior. E ainda assim eu não consigo me arrepender de nada. E ninguém entende nada.
Difícil. Dói. Corrói aos poucos. Choque de ideologias que é visto como ingratidão ou pura inexperiência, quando na verdade, não são só os tempos que mudaram, mas as pessoas são diferentes, e já possuem a sua experiencia de vida, seu próprio padrão de bom/bem/mau/mal.
Não dá pra querer viver a vida do outro. Podá-lo das experiências que o fazem ser quem é, quer sejam boas, quer sejam ruins, porque as ruins também ajudam a pôr pilares mais fortes quando se reinicia a construção.
Hoje, mesmo com doses cavalares de sofrimento, e vestida do tal óculos que me faz viver de acordo com a realidade, eu sou muito mais feliz do que aquela pessoa lá em cima, que acreditava ter a vida perfeita. Hoje aprendi que o amor não tem hora pra chegar, e nem pra partir. Aprendi que mulheres podem sim ser frágeis, aprendi que alguns amigos jamais te abandonam e são esses que você deve guardar sempre.
O emprego pode vir a não ser dos melhores, mas tem a vontade de recomeçar que pinta tudo de colorido, tem o namorado que faz os dias mais bonitos, e tem os meus próprios sonhos, minhas próprias verdades, essas infelizmente muita gente não quer ouvir, e se ter suas próprias convicções é ser ingrata, então eu admito que devo ser das maiores. Não acredito em certo e errado, acredito que cada um possui uma vivência que é só sua, e que determina suas verdades.
Não tentem entender, é só um desabafo, de alguém que cansou de nunca ser boa o bastante por simplesmente pensar diferente, por ter sonhos e desejos só seus, e não aqueles que foram criados pra si pelos outros, muitas vezes em cima de suas próprias frustrações.
Nunca se esqueçam de sempre perguntar aos outros o que eles realmente querem.
Nunca se esqueçam de ser felizes de suas próprias maneiras, fazendo o que têm vontade, afinal de contas, ninguém jamais estará 100% satisfeito com você, a não ser você mesmo!

Boa quarta!

Cáh

terça-feira, 28 de julho de 2009

A favor de gente de verdade por favor!

Eu sou uma eterna apaixonada por palavras. Músicas. Pessoas inteiras. Não me importa seu sobrenome, quanto carrega no bolso ou onde nasceu. Pessoas vazias são chatas e me dão sono.
Gosto de quem mete a cara, arrisca o verso, desafia a vida. Tem muita coisa dentro de você? Então joga fora essa porra de identidade e senta aqui. Pára de falar de rave, de viagem, de quantas horas ficou sem dormir ouvindo tuntztuntz, de quanto ganha ou de como se veste. Ok, pode falar, mas seja breve! Eu quero saber sobre voce! Você não é só uma festa, uma foto de orkut, um carro bonito que te custa caro. Você não é só um i-phone, uma tv de plasma, ou uma notícia barata na coluna social do jornal. VOCÊ É GENTE! E gente sente, sofre, chora, sente sono. E tem medo. Eu na verdade tenho muitos medos. E um deles é que as pessoas virem apenas uma imagem. Não para os outros (que se fodam os outros), mas para si mesmas. Meu Deus, onde vamos parar? Antes que a conversa se estenda quero esclarecer logo. Não sou hipócrita. Também adoro um auê, uma frescurinha, champagne boa. Tenho um ego chato que apaga fotos em máquinas alheias. Fico emburrada se a calça jeans não entra. Brigo cá com meus defeitos (que são fartos e meus). E acho que todo mundo os tem. Mas o que vim dizer hoje, não é isso. Ou melhor, é sim. O que eu quero falar na verdade é que: A GENTE PODE SER MUITO MAIS DO QUE ISSO. Que tal se preocupar mais com SER do que com TER, nem que seja pra variar? Me conte suas viagens, me mostre suas histórias, mas seja sincero. Você detestou aquele lugar que todo mundo ama? Na verdade você odiou? Então pra que dizer que foi uma viagem do caralho e colar aquelas fotos com gente cretina bem no meio do seu mural? Não precisa fazer linha comigo. Eu nasci desalinhada e vocês sabem. Lembre-se de quem você era, de quem voce é. (você se lembra?). É a sua essência. Tudo que há por trás do sorriso e do óculos escuro. É minha gente. Estou naqueles momentos silênciosos onde raras coisas parecem fazer sentido.Sigo a vida pelo roteiro, sou quase normal por fora pra ninguém desconfiar. Mas por dentro eu deliro e questiono. Sempre há mais, há porquês, há poréns, a o fio da meada. Não entendo como as pessoas podem deixar guardados seus maiores tesouros, e mostrar apenas tudo que de fútil é socialmente mais aceito. Eu não entendo isso. Não entendo porque escolher o raso quando se pode escolher o fundo. E mergulhar de roupa nele. E conhecer tudo com amplitude, profundidade, entendimento. Não entendo como alguém se apaixona por uma conta bancária, ou por um carro, e não por um sorriso, por um monte de sonhos desorganizados querendo sair ao mesmo tempo, por ideologias, por uma timidez, ou até por uns defeitos maravilhosos.
Tá tudo realmente de cabeça pra baixo, ou fui eu que pirei no meio de tantas duvidas, tantas vontades, é muito querer pra uma pessoa só.
Eu já mergulhei de roupa, ejá conversei com estranhos, e aliás faço isso com tanta constância que arriscam dizer que é loucura. Eu ri sozinha dentro do ônibus dezenas de vezes, chorei de saudade, saltei sem saber se haveria chão.
E sabe do que mais? Eu tenho uma certeza que me acompanha aonde eu vou. A certeza de que eu sou gente. E DE VERDADE.


Fernanda Mello