Eu não quero ser uma pessoa normal, vivendo uma vida normal, só pra inglês ver. Há anos eu possuo essa mania diferente de encarar o mundo, e as pessoas ao redor dele. Tudo bem que eu tome pauladas de dar gosto, mas sinceramente, eu perderia a única coisa que mantive intacta durante todos esses anos, durante os momentos mais difíceis da minha vida, que é a minha essência.
Eu quero meus defeitos, meus efeitos, e tudo mais. Eu não morro se o relacionamento acabou, quando tenho certeza que fiz o que podia, que no meu caso significa apenas dar o coração, pois infelizmente eu ainda sou daquele tipo meio batido de gente meio antiga que acredita que isso baste. Que acha muito mais lindo o cara que pega três ônibus só pra te ver, do que o cara que aparece de ferrarri. Vai ver eu ainda tenho uma visão cor-de-rosa demais da vida, e sinceramente muitas vezes eu acredito que tenha, mas que graça teria se eu acordasse todos os dias, e imaginasse que os homens são todos iguais, as pessoas são todas iguais, e que definitivamente não há nada mais gostoso do que viver?
Eu nasci assim. Conheço o fim, o improviso e o meio. Eu vivo como vive quem planeja e tem os pézitos no chão: Bato a cabeça do mesmo jeito! Arrisco, machuco, sangro, costuro e por fim me reconstruo. Igual fiz no último ano. Porque verdade seja dita: cada um vive do jeito que considera correto. Mas, que ano foi este? A idéia foi partir o mundo ao meio? Arrancar meu coração? Roubar minha esperança? Enxergar em cada rosto um ponto de desespero? Se o plano era esse, pessoal aí de cima, coloca um “10” aqui. Bota um parabéns e me dá uma estrelinha! Eu preciso, eu mereço! Preciso porque me arrisquei. Preciso porque me ferrei. E me ferrei porque quis. Resultado: Aprendi! Ponto pra mim! Quanto maior o grau de dificuldade, maior o prêmio, certo?
E o prêmio não é ganhar um bônus por decepções digeridas nem por coragens reforçadas, com uma viagem de ida e volta para o Havaí. O prêmio é: OLHAR PARA DENTRO e – mesmo com toda sua dor, mágoas e trsitezas, falta de rumo e prumo – se reconstruir, se aceitar e ter orgulho de quem você é!
Eu me recuso a me achar culpada porque os relacionamentos, sejam amorosos, profissionais e amizades não dão certo. Eu me recuso!
Porém, sofro como qualquer pessoa, choro minhas mortes de pessoas vivas com muito mais pesar do que a de pessoas que se partiram pra junto de Deus. E isso, porque muitas das “mortes” que ocorrem por mudanças de rumos, separações, brigas, poderiam ser evitadas se deixássemos de colocar tanto a função de nos fazer felizes aos outros. Se tirássemos de suas costas o peso de carregar seus sentimentos e os nossos. E creio que eu não faça isso, creio que seja definitivamente alguém um tanto leve, apesar do últimos acontecimentos terem me tornado uma péssima compania nos últimos dias.
E não me culpo se, no meio de tantas fantasias, no meio de tantas auto-descobertas, no meio de tantos sonhos, eu achei que eras tu. O cara com quem eu viajaria pelo mundo, o cara com quem eu faria planos pra que todas as nossas vontades fossem realizadas. O cara com quem eu dividiria não só o carinho, mas a vida. E não me culpo se muitas vezes te vi como o homem que entraria pela porta correndo pra ganhar abraços e me ajudar a recolher o lego das crianças.
Quantas coisas em tão poucos meses não é mesmo? Embora eu nunca tenha te falado sobre a intensidade do que se passava aqui, muitas vezes eu acreditei, e humildemente pedi a Deus que fosse tu.
A resposta que eu tive, pode não ter sido necessáriamente a que eu queria, porém, palmas ao cara lá de cima, porque após de N relacionamentos terminados por mentiras e falta de respeito, eu tive um ano feliz ao teu lado, e tu entendestes o quanto a sinceridade era importante pra mim, mesmo no final da nossa jornada. Talvez essa tenha sido a tua missão na minha vida. Mostrar que não seria sempre da mesma forma, assim como tentei te mostrar a mesma coisa, baseando-me nas tuas experiencias.
A gente tem o que PRECISA, não o que quer. Por isso, um inesquecível AGORA, sempre!
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