Toda história tem dois lados, e este é o meu:
Precisavam de novas direções. O encontro que talvez tenha causado mudanças repentinas e bruscas em ambas as vidas, o encontro que deixara cicatrizes e marcas de esperança na alma, ia assim chegando ao fim.
Não por mágoa, soberba, ou falta de fé na proporção incrível que aquilo tomara.
Não por falta de fé. Nunca admitiram os incrédulos.
Era hora, e bastava. Como todo livro que vira best seller, este também era composto por começo, meio e fim. Não havia mais espaço para os tres pontos no final.
Uma vírgula? Quem sabe uma pequena pausa?
Ela se apegou como criança em loja de doces de que seria isso. Porém, errara. E não demorou muito até perceber que havia voltado a enxergar a realidade. Havia entendido o real significado e importancia daquilo tudo.
E por mais que todas as pessoas tivessem razão, ela não aceitava nenhuma das pequenas verdades, pois ela havia vivido aquilo que considerava real.
Foram-se os questionamentos ralo a baixo junto com a água que cobria o seu rosto enquanto lavava o corpo e a alma pra tirar qualquer resquício daquele capítulo.
Ela não deixou de acreditar em Deus, ela não abaixou a cabeça para o amor.
Ela sabe que no fundo, a alma sente e a boca cala.
Ela preveu o futuro do pretérito que o assolaria, em 20 dias, 5 anos, 40 anos…
Ela havia entendido. Não apenas aceitado porém aprendido.
Tomou um banho, maquiou-se, vestiu seu melhor vestido e seu melhor sorriso. E sorriu, como sempre, sorriu.
E, pra sua surpresa, o mundo sorriu de volta.
E agora?
Página em branco, capítulo novo, prefácio antigo.
Porque nem toda essencia foi perdida. No silência então ela (eu) agradeceu… e ainda agradece
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