terça-feira, 2 de novembro de 2010

Vem, Mas Vem Pra Fazer Estrago!



Odeio descobrir que os sinais estavam sempre ali e eu não havia me dado conta.

Odeio perceber que a importância não é tão grande, e o medo inexistente.

Talvez eu pudesse ter feito muita coisa diferente antes de chegar aqui. No ponto onde eu descubro que castelos feitos de gelo derretem, e que ter os pés no chão não é pra mim!

Eu sempre tive que aguentar os olhares atravessados da grande maioria das pessoas, por correr atrás dos meus sonhos e das coisas que eu considerava realmente importantes. Sempre tive que conviver com a imagem de sem juízo, quando 90% das pessoas não tem idéia do quanto juízo tem aqui no baú da felicidade localizado acima do meu pescoço.

Aos que me avisaram, parabéns, pois que grande bosta é ter os dois pés fincados ao chão. Quem é que vive contabilizando, programando, planejando, e esquece que a vida pode mudar completamente em pequenos instantes?

Pois bem, um dia eu acreditei que amor fosse uma questão de peito aberto e disposição. E talvez eu sabia porquê.

Talvez viver nesse mundo cor de rosa seja fruto dessa minha juventude sem intencionalidades, onde eu procuro respostas redondas pra grande maioria das perguntas, e não consigo viver sem ter o peito apertado diante de tanta falta de tato.

Eu pensei com convicção que sabia tudo e um pouco mais do restante. Nunca admiti a falta de fé, em qualquer que seja a convicção.

E vejam o que esse coração grande me trouxe. Noites de sono mal dormidas em que eu choro sozinha problemas que não são meus. Sofrimento por saber que tenho as mãos atadas e não posso fazer muito pelos outros, ou alfinetando, por nós.

E, quando eu achei que entendia tudo sobre relacionamentos humanos, mais uma vez, feito onda em dia de ressaca, as pessoas vem e me levam tudo aquilo em que eu acreditava.

Tem sido estranho me adptar a esses formatos, com moldes de aceitação, mas esse vaso ruim aqui já quebrou, e como eu já disse aderiu a super bonder e aos materiais reciclavéis.

A dor vai ser grande, mas prorrogar a inexistencia de qualquer pontinha de esperança seria um tiro no pé.

Puxo a mala lá de cima outra vez, seguir o coração continua sendo pra gente corajosa.

2 comentários:

Paulo Marques disse...

Obrigada pelo recado e pelo apoio. Te vejo todo dia aqui e espero que saiba que amo seus textos.
Estou recomeçando de forma diferente... tomara que goste.

beijos. amo-te

Angélica Medeiros disse...

Puxar a mala lá de cima outra vez é sempre dos corajosos.
Te admiro.

beijos