domingo, 26 de dezembro de 2010

Ano velho…Ano novo

Um ano. 365 dias. Vitórias, derrotas, mudanças, perdas, ganhos, descobertas, alegrias, trsitezas, cansaço, decepcção, fé, amizade, amor...

Vocês já pararam pra pensar quantas coisas acontecem na vida da gente em um ano inteirinho? Quantas pessoas tocam as nossas vidas, e quantas vidas nós tocamos nesse intervalo de tempo?

Quanto suor a gente derramou na busca das nossas verdades, quantas lágrimas durante os momentos difíceis, quantos sorrisos durante os pequenos instante que tornaram a caminhada mais fácil?

Em matéria de balanço, 2010 pra mim foi um ano de recomeço e aprendizado de início ao fim.

Deixei pra trás o tênis surrado de cinderela, e vesti de vez a armadura de mulher. Aprendi a lidar com as expectativas de forma madura, a entender o tempo do outro de forma madura, e a grande lição foi aprender que, o tempo realmente cura tudo. Não só traz paz onde um dia fez-se guerras, mas cicatriza as feridas e deixa apenas as marcas causadas pela vivência.

Em 2010 eu aprendi que, definitivamente não posso exigir o amor de alguém, e como já disse o poeta, posso apenas oferecer o meu amor,  e dar motivos reais para que as pessoas gostem de mim.

Aprendi que definitivamente meus verdadeiros amigos não vão me deixar se eu disser não. E que o tempo é o maior aliado para descobrir quem realmente está do nosso lado quando a coisa aoerta.

Aprendi que não sei tudo, e talvez nem a metade, mas que tenho uma capacidade de superação e aprendizado muito maior do que imaginava, e que estou apenas começando.

Percebi quais são meus sonhos reais, as coisas que definitivamente eu quero pra minha vida, e dentro disso tudo, percebi que algumas pessoas, por mais que eu goste, não farão parte dessa caminhada. Entendi que as pessoas possuem maneiras diferentes de demonstrar afeto, mas que uma coisa não muda: Ninguém é burro o suficiente pra deixar passar alguém quando acha que vale a pena.

Não é fácil fazer escolhas, não é fácil abrir novos caminhos, muito menos deixar pra trás certezas que já não se encaixam mais na realidade, certezas que não nutrem sonhos e não nos permitem tirar os pés do chão. Mas, pra entendermos quais são as certezas, os sonhos, precisamos ter coragem de abrir o peito e aceitar o novo sem olhá-lo com os olhos tendenciosos das cicatrizes. Seria burrice se precaver, comparar, recolher o arado, e não ficar tempo o suficiente em terra nova pra ver quais seriam os frutos.

Ano novo, vida nova. Tem um trechindo do Grey's anatomy que fala sobre isso, que se encaixa exatamente na minha concepção:

"Recomeços.graças ao calendário, eles acontecem todos os anos.Basta acertar seu relógio para janeiro.Nossa recompensa por ter sobrevivido às festas de final de ano é um novo ano…carregado da tradição dsa resoluções de ano novo.Deixe o passado para trás e comece de novo.É difícil resistir à chance de um novo começo,à chance de colocar os problemas do ano anterior de lado. Quem pode determinar quando o velho termina e o novo começa? Não é um dia no calendário, não é um aniversário, nem um ano novo. É um evento, grande ou pequeno,alguma coisa que muda a gente, idealemente, nos dá esperança…Um a nova forma de viver e de olhar para o mundo. Desfazer-se de velhos hábitos,memórias antigas. O que importa,é que nunca paremos de acreditar que…podemos ter um novo começo.Mas também é importante lembrar-sede que no meio de toda essa confusão…existem algumas coisas que valem a pena serem mantidas…”

Acho que fechando o balanço do meu ano, chego a conclusão de que eu saí muito mais forte de todas as minhas freqüentes crises. De Janeiro a Dezembro eu tentei, com sucesso, transformar choro em força, questionamentos em soluções e tropeços em grandes saltos. Eu consegui largar mão de coisas que ingenuamente eu acreditei me fazerem bem.
A vida trouxe ainda alguns presentes de carne e osso que me apresentaram a parte de mim que eu desconhecia. A mesma também fortaleceu laços, desatou alguns que andavam frouxos e não seguravam nada. Ela também escreveu no meu dicionário intrínseco a palavra segurança. Tu podes, tu consegues, tu és capaz. As regrinhas básicas e batidas dos livrinhos de auto-ajuda que durante todos esses anos eu rejeitei.

 

Neste último ano, perdi um pouco da fé aparentemente inabalável, não casei e fraquejei em alguns dos meus valores. Conservei certos hábitos começando por aqueles que se referem aos poucos amigos de verdade. Catatalisei alguns dos meus sentidos nesse meio tempo. Coninuo anxergando perfeitamente bem, enxergando fundo, enxergando o que nem sempre se deseja, mas continuo mais surda que uma porta.  A estrada continua sendo minha a válvula de escape perfeita e a saudade o vilão mais famoso. Perdi o sono, perdi o juízo, mas nunca perco a chance de ficar quieta. Várias vezes entrei em crise com o tempo. Não quero crescer, quero colo, quer voltar pro Pré da Tia Rose.Acho que me tornei uma incógnita previsível. Com sobra de falta de paciência e bunda grande. Que não sabe não ser tudo que é mesmo não sabendo exatamente o que seria. Comigo Deus fez tudo certo. Em especial quando resolveu me jogar aqui na versão mulher. Sabia que não daria certo em outro molde já que não tenho saco nenhum. Estou em constante e interminável processo de adaptação ao mundo. Sem muita ambição de sucesso quanto ao mesmo.
Mas o que eu realmente sei, é que durante esses 365 dias dei passos enormes em direção da normalidade. Daquilo que o mundo todo almeja. Um coração em paz, um trabalho que satisfaça e um bom lugar pra terminar um dia.

E pra fianlizar, sempre apostei nos ímpares! 2011 veio pra quebrar as minhas pernas. Sem rodeios, vamos a luta, deixando de lado as tradicionais manhas e as marcas de uma personalidade abalável, estou fazendo o que tinha que ser feito. E assumirei contas e riscos até o mês em que o Noel chegar com toda a bagagem de 2011. Eu quero mesmo é me desafiar. Pegar todas as possíveis experiências aqui pra mim.
Não sou mais eu contra o tempo. Até 2015 eu talvez seja um super-herói…

Um comentário:

Unknown disse...

Feliz Natal, querida
Mesmo que atrasado.